Presidente do Sport, Yuri Romão, fala sobre intervenções feitas na Ilha do Retiro
Os cheiros de tinta e cimento predominam em algumas áreas, mas a Ilha do Retiro está pronta para, 10 meses depois, ser reaberta ao público. A data: esta segunda-feira, contra o Ceará, pela Série B. Duelo direto pelo acesso à elite nacional. Mas, o que mudou efetivamente no estádio?
O ge buscou o engenheiro responsável pelas obras do campo rubro-negro, Walter Revoredo, para entender quais mudanças - estéticas e estruturais - foram realizadas desde janeiro (veja abaixo). Outras, ele acrescenta, ainda estão por vir e em fase de diálogo com órgãos de segurança.
As mudanças da nova Ilha do Retiro
- Gramado: anterior era grama esmeralda (comum em jardim); agora, é bermuda celebration;
- Drenagem: nova inclinação do campo tem quatro águas; antes, eram duas;
- Túnel de acesso foi "envelopado" e ganhou iluminação especial;
- Iluminação: a antiga, de vapor de mercúrio, tinha 350 lux (intensidade luminosa por m²). Atual: led e com 1600 lux;
- Criação do projeto Sport Sem Barreiras: construção de dois banheiros nas sociais para pessoas com deficiência (PCDs), e, segundo o clube, o primeiro banheiro familiar do Brasil em estádios;
- Construção de nova área de cadeirantes nas sociais: a ideia é expandir para todos os setores;
- Bancos de reservas lineares e fora das sociais;
- Aplicação de gramado sintético no entorno do campo;
- Vestiário do Sport: ganhou nova adesivagem e teve a área de aquecimento ampliada e com piscinas de crioterapia. Outra, de hidromassagem, está sendo adquirida;
- Vestiário do visitante: sem reformas. Houve só nova pintura e manutenção do ar-condicionado;
- Recuperação do túnel de acesso para criar uma sala para a FPF;
- Reforma da sala de antidoping;
- Sala nova para os mascotes Leo e Nina e departamento de marketing.
- Troca do escudo do clube no gramado. Não é 3D porque o Sport planeja eventos na área.
Pendências a resolver
A Ilha do Retiro está apta para receber os rubro-negros, é verdade, mas isso não significa que outras obras não estejam sendo tocadas, conta Revoredo.
A parte elétrica do estádio, por exemplo, ainda não foi trocada completamente. No momento, uma subestação de energia de 350 kva (quilovolt-ampere) está para ser trocada por outra de 1000 kva. O clube, ainda assim, tem no cronograma a troca total da rede elétrica, antiga, por uma nova.
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Outra pendência é a colocação de corrimões em todas as arquibancadas da Ilha. Esta foi uma das exigências do Corpo de Bombeiros em última vistoria feita no estádio e que culminou no veto para liberar a capacidade máxima do campo. A atual é de 26.345 torcedores.
- As nossas escadas precisam ter outra dimensão, e também precisamos colocar corrimão no meio delas. Isso a gente fez na curva de Wanderson, de Dubeux, na arquibancada central e social, e vamos expandir para todo estádio.
"Aquele trecho da arquibancada do sapotizeiro não tem saída nenhuma. Padronizamos, então, as saídas do estádio. E dei a ideia de tirar a divisória do alambrado para facilitar o aumento do público, mas tem algumas obras que estamos negociando", declara.
O Sport enfrenta o Ceará nesta segunda, às 21h, pela 30ª rodada da Série B. O Leão é o terceiro na tabela, com 47 pontos, e o Vozão é o sétimo, com 45.
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