Uma das maiores estrelas da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, no Chile, Rayssa Leal custou a entender o peso de grandes eventos internacionais. A skatista confessa que depois da conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio, teve dificuldade de lidar com a atenção que passou a receber.
Olyimpic Channel: Rayssa Leal fala sobre pressão e fama
- Eu não sabia lidar com esse tipo de coisa, ir para a escola e as pessoas me pedirem para ver a medalha. Para mim era tipo: "eu só participei de um campeonato". Eu não entendia o peso das Olimpíadas - admite Rayssa. - Quando saio, sei que podemos não ter privacidade, mas tudo dá certo. Ainda é meio estranho, mas estou me acostumando agora.
Rayssa conheceu a fama antes mesmo do sucesso em eventos esportivos, depois que seu vídeo andando de skate vestida de fada viralizou. Mas foi depois das Olimpíadas que tudo ganhou outra proporção. A popularidade trouxe também mais seguidores nas redes sociais e, com eles, mais críticas. E a skatista sabe que a pressão aumenta na hora de representar o Brasil em eventos como o Pan.
- Se eu não subir ao pódio agora, as pessoas vão comentar sobre isso. Se eu subir ao pódio, também vão falar. Sempre vai ter gente falando - diz Rayssa. - Todo mundo tem uma opinião diferente e todo mundo fala o que pensa. Procuro não ler esses comentários negativos.
Em Santiago, a pressão tende a começar cedo: uma das favoritas na disputa do skate street, Rayssa pode conquistar a primeira medalha do Brasil, já que entra em ação logo no primeiro dia da competição, neste sábado. A skatista, atleta mais jovem da delegação brasileira, acha que a disputa vai refletir a evolução das mulheres nos últimos anos.
- O nível do skate aumentou de forma absurda, isso vai ser muito visível quando compararmos Tóquio e Paris. São novas oportunidades de mostrar manobras que nem imaginávamos que faríamos - diz Rayssa.
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