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Por Mateus Freitas Teixeira

Cardiologista e médico do esporte, é diretor da Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Rio de Janeiro e coordenador médico da Clínica Fit Center

Rio de Janeiro


Piores alimentos para hipertensão

Piores alimentos para hipertensão

A rigidez arterial aumenta com a idade e afeta principalmente indivíduos mais velhos. Estudo realizado em outubro de 2024 mostra que a prevalência de rigidez arterial e hipertensão é significativamente maior em populações mais velhas, em comparação com populações mais jovens.

Exercício físico ajuda no controle da hipertensão — Foto: iStock

Mais de dois terços dos indivíduos com idade acima de 65 anos são diagnosticados com hipertensão, que está intimamente associada ao aumento da rigidez arterial.

O aumento da rigidez arterial está associado a maior risco de eventos cardiovasculares e mortalidade.

Em contraste, os índices de rigidez carotídea e femoral são independentemente associados a eventos cardiovasculares, incluindo doença arterial coronária, insuficiência cardíaca, doença cerebrovascular, doença arterial, morte súbita, procedimentos arteriais coronários e mortalidade por todas as causas

A rigidez arterial resulta de alterações na matriz extracelular das artérias elásticas devido ao envelhecimento e a fatores de risco, contribuindo para aterosclerose e eventos cardiovasculares.

Além disso, o enrijecimento arterial devido à pressão arterial alta está significativamente associado a eventos cardiovasculares.

A inflamação é um fator que contribui significativamente para a rigidez arterial. Marcadores inflamatórios, como proteína C-reativa (PCR) e citocinas, estão correlacionados com a rigidez arterial.

Junto a isso, doenças inflamatórias crônicas e autoimunes estão associadas ao aumento da rigidez arterial, o que é exacerbada por fatores de risco cardiovascular tradicionais, como hipertensão e dislipidemia.

Logo, como o estudo nos mostra, o exercício físico é o tratamento para esse quadro. Independente da idade de início das atividades, o exercício se mostra capaz de combater e melhorar essa rigidez vascular e os fatores de risco que estão ligados à piora, como pressão alta, dislipidemia, diabetes e inflamação sistêmica.

Sendo assim, fazer exercício impacta diretamente na mortalidade e deve ser prescrito para todas as idades, com e sem comorbidade.

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / EU Atleta.

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