05/02/2017 12h56 - Atualizado em 16/02/2017 12h12

Pesquisa aponta que quase 72% dos palmenses iniciam 2017 endividados

O número de individados é maior que o registrado desde abril de 2016.
O grande vilão desse aumento é o cartão de crédito, diz levantamento.

Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera

Uma pesquisa da Federação Nacional de Bens e Serviços e Turismo em parceria com a Fecomércio apontou que quase 72% das famílias de Palmas iniciaram o ano de 2017 endividadas. O número é maior que o registrado desde abril de 2016. Conforme a pesquisa, o grande vilão desse aumento é o cartão de crédito. (Veja vídeo acima)

Um dos problemas é que o consumidor não vê o dinheiro sair da conta e quando chega o fim do mês, não tem para pagar a fatura, aí vai pagando o mínimo e a dívida cresce e chega a um ponto em que é quase impossível quitar.

Alfredo Cabral se enrolou com o cartão de crédito, mas enquanto não consegue quitar as dívidas, ele não parcela mais nada. “Eu negociei e estou pagando, agora as compras só à vista”, diz.

Maria Aparecida também enfrenta problemas com o cartão. Ela conta que no final de ano, inclusive, não fez dívidas. “Já estava acumulado, procurei não fazer mais", afirma.

Endividados em Palmas  (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Quase 72% das famílias de Palmas estão
endividadas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Se por um lado há consumidores preocupados com as dívidas do cartão, por outro há quem dá exemplo de como usar, esse é o caso da Maria Iwashita. Ela procura anotar todas as contas que têm para pagar em um caderno e vai acompanhando de perto a fatura do cartão, que usa regulamente, mas nunca paga só o mínimo.

“Se você não conseguiu pagar esse mês, o mês que vem com 15% a mais, vai ser mais difícil. O cartão de crédito é um ótimo amigo, mas tem que saber usar", lembra.

Em 3 de março o uso do cartão passará por mudança, não será mais possível pagar o valor mínimo da fatura por vários meses seguidos. A economista Marina Goulart diz que a mudança será significante, principalmente para quem não consegue controlar os gastos. “Se a pessoa pagar o mínimo do cartão em um mês, depois de 30 dias, ao vencimento da próxima fatura, o banco vai ter que disponibilizar uma forma de parcelamento com juros menores, que os atuais” explica.

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