A Sony aprofundou acentuadamente sua estimativa de prejuízo líquido nesta quarta-feira (17) e disse que não iria pagar dividendo neste ano fiscal pela primeira vez desde que foi listada, em 1958, depois de ter sido afetada por um grande encargo na divisão de smartphones.
Esta é a sexta revisão para baixo sob o comando do presidente-executivo Kazuo Hirai, que assumiu o cargo em 2012 prometendo colocar a divisão de eletrônicos da empresa no azul, concentrando-se em dispositivos móveis, games e unidades de imagem.
"Esta é a primeira vez que não pagamos dividendo e sentimos essa responsabilidade, enquanto administração, muito fortemente", disse Hirai em uma entrevista coletiva, acrescentando que a Sony tem como objetivo começar a pagar dividendos novamente o mais breve possível.
A empresa japonesa está agora prevendo um prejuízo líquido de 230 bilhões de ienes (US$ 2,15 bilhões) para o ano encerrado em 31 de março, contra previsão anterior de uma perda de 50 bilhões de ienes. A companhia estima um prejuízo operacional de 40 bilhões de ienes em vez de um lucro de 140 bilhões de ienes sinalizado em julho.
A mudança ocorreu depois da Sony ser afetada por um encargo de 180 bilhões de ienes (US$ 1,7 bilhão) na sua divisão de smartphones, que enfrenta dificuldades.
Hirai afirmou que a Sony tinha buscado expandir a divisão de celulares, mas que estava agora revendo sua estratégia. Ele disse que a Sony irá cortar 15% dos funcionários em sua unidade de aparelhos móveis no final do ano fiscal a ser encerrado em março de 2015, conforme dá foco à obtenção de lucros estáveis na unidade.
Ainda assim, ele acrescentou que a Sony irá manter a unidade como uma de suas três divisões principais de eletrônicos.