O Ministério da Saúde divulgou a lista de cidades com risco de nova epidemia de dengue com a chegada do período chuvoso de verão. Oito cidades do Vale do Paraíba estão em estado de alerta, sendo quatro delas do litoral norte. O índice vai de 0 a 8 pontos.
A cidade com o maior índice de alerta é São Sebastião com 3,6; seguida de Ilhabela com 2,5, depois Caraguatatuba, com 1,7 de índice, e por fim está Ubatuba 1,4. O índice de estado de alerta vai de 1 a 4.
Também estão em estado de alerta, classificação amarela, as cidades de Potim, com 2,4 de índice, Taubaté e Lorena, ambas com 1,5 de índice, e por fim Pindamonhangaba com 1,2.
dengue (Foto: Antônio Basílio/PMSJC)
Na região não há nenhuma cidade na classificação vermelha, cuja situação é de risco, em que o índice é superior a 4; e de 0 a 1 são os índices considerados satisfatórios, com sinal verde. O índice é calculado a partir da densidade, quantidade de larvas do mosquito transmissor da doença considerando a área e a população (Confira lista completa).
Em Taubaté, as ações de combate ao mosquito com a fiscalização e nebulização continuam, pois a cidade se mantém em estado de alerta para uma nova epidemia de dengue com a chegada do período chuvoso. De julho a novembro deste ano a cidade já teve 26 casos confirmados da doença e outras 75 aguardam o resultado de exames.
“No início deste ano vivemos uma situação de epidemia de dengue [com mais de 2,3 mil casos e uma morte neste ano]. Mesmo saindo deste estado de epidemia, nosso trabalho continua especialmente de conscientização da população para evitar o acumulo de água parada em todos os bairros”, salientou o coordenador do Centro de Zoonoses de Taubaté, José Antonio Cardoso.
A pedagoga Débora Mikio Ikejiri foi uma das pessoas atingidas pela dengue. Além dela, outros sete familiares ficaram doentes. “Tive os tipos 1 e 2 da doença, perdi mais de 5 kg em 4 dias. Depois de ficar internada, fiquei um mês em casa para me recuperar. Lembro da febre alta, das dores e do vômito. Agora nosso medo é adquirir a dengue hemorrágica que é mais forte”, disse.
Sinal verde
São José dos Campos, que no primeiro semestre viveu também uma situação de epidemia, a pior de sua história, com mais de 14 mil casos e 10 mortes, alcançou um índice satisfatório (0,3) para o risco de uma nova epidemia, de acordo com o Ministério da Saúde.
Microcefalia
Neste mês, o Ministério da Saúde informou que os casos de contaminação por zika vírus, que é da mesma “família” do vírus da dengue, são a "principal hipótese" para explicar o aumento da ocorrência de microcefalia na região Nordeste no primeiro semestre deste ano.
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Assim como o vírus da dengue, o zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e não tem cura ou vacina identificada até o momento, o que reforça o alerta para o combate ao mosquito. “É uma situação nova que preocupa a todos”, reforçou o coordenador do Centro de Zoonoses de Taubaté.