(Foto: Gabriel Soares/ Vanguarda Repórter)
Cerca de 150 alunos da Universidade de Taubaté (Unitau) protestaram na manhã desta quinta-feira (29) contra o reajuste nas mensalidades dos cursos de graduação em 2016. O índice inicial proposto pela universidade foi de 14% e os alunos querem até 8,3%.
Após a mobilização, o reitor da Unitau, José Rui Camargo, se reuniu com os alunos e disse que vai submeter a proposta dos estudantes ao Conselho de Administração (Consad). Não há prazo para o pedido ser avaliado.
A polêmica sobre o reajuste das mensalidades começou na última semana quando a universidade propôs um aumento de 14% durante uma reunião com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), Diretórios Acadêmicos (DAs) e Centros Acadêmicos (CAs).
O valor foi contestado e a universidade reduziu o índice para 11,85% - acima dos 9,5% da inflação acumulada nos últimos 12 meses, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). Antes do protesto desta quinta, os alunos fizeram em frente à reitoria nesta quarta-feira (28).
A manifestação desta quinta-feira reuniu alunos dos cursos de psicologia, medicina, odontologia, arquitetura, serviço social, entre outros. “O aumento prejudica especialmente os alunos que têm financiamento estudantil pelo Fies, pois a porcentagem do aumento anual é muito maior que o índice previsto no contrato”, afirmou o aluno do 6º período de odontologia Gabriel Soares.
O presidente do DCE, Carlos Silva Júnior, explica como os alunos chegaram à proposta de reajuste de 8,3%. “Chegamos a um valor que não causasse grande impacto no bolso dos alunos, mesclando com as necessidades da Unitau”, afirmou.
Outro lado
Em nota, a Unitau informou que o reajuste de 8,3% está abaixo da inflação no período, mas levou em consideração fatores como, por exemplo, o cenário atual de instabilidade econômica. Se aprovado pelo Conselho Adminstrativo da Unitau, o aumento deverá valer já no primeiro semestre de 2016.