Servidores municipais de Santos, no litoral de São Paulo, realizaram uma passeata na tarde desta quinta-feira (9) pelas ruas do Centro da cidade. A categoria decidiu entrar em greve geral por tempo indeterminado. A paralisação é coordenada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), por conta da falta de reajuste salarial.
Centenas de funcionários saíram de frente da prefeitura, na Praça Mauá, onde estavam concentrados, e percorreram ruas e avenidas da região central do município.
Solange Freitas/G1)
A decisão pela greve foi tomada por mais de 600 trabalhadores presentes em assembleia realizada no dia 23 de fevereiro, em resposta ao anúncio do governo de não reajustar os salários. Os presentes também deliberaram que a categoria só fará nova assembleia para avaliar uma possível contraproposta, se a mesma for, pelo menos, igual à inflação do período.
Segundo o Sindserv, o atendimento nos serviços essenciais, tais como hospitais, prontos socorros, CAPS, distribuição de medicamentos, abrigos de população em situação de rua e cemitérios serão mantidos com equipes mínimas de trabalho, de forma a garantir que nenhum prejuízo ocorra.
A administração municipal esclarece que ofereceu aos dois sindicatos da categoria (Sindest e Sindserv) o reajuste de 5,35% nos valores da cesta básica e do auxílio alimentação, índice que recompõe a inflação, sendo a proposta recusada. Apesar disso, a prefeitura se mantém aberta ao diálogo e o posicionamento sobre a dificuldade de reajustar os salários neste primeiro semestre, consequência da crise econômica nacional.
parcialmente (Foto: Solange Freitas/G1)
Diante da greve anunciada por parte de representantes sindicais do funcionalismo, a Prefeitura de Santos informou à população que atua para minimizar os transtornos que a paralisação pode causar aos setores e unidades de atendimento. A Guarda Municipal vai reforçar a vigilância com ações em pontos sensíveis de prestação de serviço e para garantir o acesso ao trabalho dos servidores que não aderirem ao movimento.
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos)
Nesta quinta-feira, a prefeitura informou que todos os equipamentos da Saúde estão abertos, como Policlínicas, UPA Central, Hospital dos Estivadores, Ambesp do Centro e Instituto da Mulher e Gestante, embora em poucos locais o quadro esteja reduzido. No Complexo Hospitalar da Zona Noroeste o Hospital Arthur Domingues Pinto, a Maternidade Silvério Fontes e a farmácia estão funcionando normalmente. Já no setor do Pronto Socorro, 50% dos funcionários aderiram à greve e o PS só vai atender emergências neste plantão.
Na Educação, registra-se adesão de 72% dos funcionários à greve, na grande maioria das escolas municipais. Segundo a prefeitura, dos 13.893 alunos, somente só 337 compareceram nas escolas. Nos núcleos do Escola Total, não existe greve, mas só 12 dos 100 estudantes compareceram. Os pais dos alunos ou os alunos podem ligar no número 3211-1818 (das 8h às 18h) para saber sobre o funcionamento das escolas.
Cemitérios, serviços de limpeza e zeladoria urbana e manutenção predial estão funcionando normalmente. Os agentes de trânsito atuarão normalmente, uma vez que a CET faz parte da administração indireta da Prefeitura e os funcionários não têm relação com sindicatos de servidores municipais.
A administração municipal informou que irá monitorar toda a rede municipal para garantir a prestação dos serviços essenciais à população.