A dona de casa Edneusa Barbosa, mãe da menina Carla Roberta, de 9 anos, que foi estuprada, assassinada e abandonada em um terreno em Santos, no litoral de São Paulo, no mês passado, teve de sair da casa onde morava e está vivendo a base de remédios. O caso completou um mês na última quarta-feira (1º) e continua sendo investigado pela polícia. Uma missa foi celebrada para lembrar a data.
Carla foi achada morta na noite do dia 29 de janeiro. Ela estava com a roupa levantada, sem calcinha, e exames feitos posteriormente pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que ela havia sido estuprada. Pouco tempo antes do crime, câmeras de monitoramento registraram um homem perseguindo a criança, mas não há provas do envolvimento dele com o crime.
Após a morte da filha caçula, Edneusa teve de passar a tomar remédios controlados para ansiedade e pressão alta. Além disso, mudou da casa onde morava há 11 anos, por não aguentar conviver com a lembrança de Carla. Ela vendeu o pouco que tinha e hoje mora de favor na residência de uma amiga.
Reprodução/Facebook)
Um mês após o crime, a dona de casa ainda clama por justiça. “Eu quero respostas, saber o que aconteceu, a verdade. Eu quero justiça. Ninguém me fala nada”, desabafa.
Investigações
O caso é tratado com sigilo absoluto pela Delegacia Especializada Antissequestro de Santos (Deas), já que, desde quando o assassinato ocorreu, muitas dúvidas surgiram em relação ao crime. Por meio de nota enviada ao G1, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informa que a Polícia Civil segue investigando o caso por meio de um inquérito policial.
De acordo com informações apuradas pelo G1, a polícia checou imagens de câmeras de monitoramento de vários lugares e não encontrou nada. Além disso, nos últimos 30 dias, nenhuma testemunha se apresentou para dar informações sobre o caso. A Polícia Civil já sabe, porém, que a garota foi morta em outro lugar e, pouco depois, jogada na porta de um depósito, já morta.
(Foto: Reprodução)
O corpo da jovem foi encontrado bem perto da casa onde ela morava, no Centro de Santos. Pouco antes do crime, ela havia saído, sozinha, para brincar com outras crianças. Como demorou para voltar, os familiares foram investigar e foram informados por uma pessoa de que um corpo de uma criança havia sido deixado em um terreno.
As investigações seguem sendo feitas pela equipe do delegado Renato Mazagão Júnior. Em entrevista ao Jornal A Tribuna, de Santos, ele afirmou que a elucidação do caso é uma questão de honra para a polícia. "Para nós policiais, a elucidação do caso significa ponto de honra. Esperamos fazer essa divulgação em breve", disse.