Dois homens suspeitos de participação no mega-assalto à empresa de valores Prosegur, em Ribeirão Preto (SP), foram presos na manhã desta terça-feira (16), em São Paulo e em Atibaia (SP), durante operação da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos três mandados de prisão temporária, sendo dois deles na capital paulista. Um terceiro suspeito não foi encontrado pelos investigadores. Na casa dele, entretanto, foram apreendidas munições para fuzil.
Os dois suspeitos presos foram levados para a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo, e devem ser encaminhados para Ribeirão Preto ainda na tarde desta terça-feira.
Segundo o delegado João Osisnki Júnior, os suspeitos presos nesta terça-feira são os responsáveis por fornecer os carros blindados durante o ataque à Prosegur. "Era um núcleo de apoio logístico, era a parte responsável pelos carros blindados e de algumas armas".
Além disso, o delegado não descarta a particição direta deles no mega-assalto. "Com certeza chegaram a participar diretamente da ação", comentou. Segundo Osinski, os suspeitos também participaram dos mega-assaltos em Santos e em Capinas, neste ano.
Ao todo, seis suspeitos foram presos por envolvimento com o mega-assalto à Prosegur, em julho deste ano. Na sexta-feira (12), a Justiça decretou a prisão temporária de cinco dos suspeitos. Quatro já estavam presos e um estava foragido.
O Ministério Público também confirmou que os criminosos levaram da empresa de valores R$ 51,255 milhões em dinheiro no mega-assalto na madrugada de 5 de julho que durou aproximadamente uma hora e que terminou na morte de duas pessoas.
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Outras prisões
Dois dos suspeitos, de 34 e 32 anos, foram presos em 15 de julho com R$ 160 mil em dinheiro em um resort em Caldas Novas (GO). Um terceiro suspeito foi preso em Ribeirão Preto no mesmo dia, com R$ 34 mil e armas.
Os suspeitos eram vigilantes da Protege e tinham informações privilegiadas sobre a rotina de trabalho nas empresas de segurança e transporte de valores. Na sequência, as investigações ainda identificaram mais dois suspeitos, dos quais um foi preso e o outro segue foragido.
Mega-assalto
A ação, na madrugada de 5 de julho, durou cerca de uma hora. A PM estima que 40 homens tenham explodido o prédio da Prosegur e usado 15 veículos – três foram queimados e outros sete abandonados em um canavial. Vizinhos da empresa ficaram no meio do fogo cruzado.
Na Rodovia Anhanguera (SP-330), em outro bloqueio feito pelo grupo, um policial rodoviário de 43 anos foi morto com um tiro na cabeça. Um morador de rua, de 38 anos, que teria sido usado como escudo, também morreu após o assalto.
De acordo com a PM, o grupo estava fortemente armado e tinha desde pistolas a fuzis 556, 762 e ponto 50, munição capaz de derrubar aviões. Dinamite foi usada para explodir o prédio e acessar o cofre.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), João Osinski Junior, disse que o grupo estava preparado para enfrentar um batalhão. Este foi o terceiro crime do mesmo tipo no Estado de São Paulo só em 2016, o que leva a polícia a suspeitar que a mesma quadrilha esteja coordenando os ataques.