08/03/2016 14h48 - Atualizado em 08/03/2016 14h53

MP quer afastamento de secretária da Saúde em ação contra falsos médicos

Para Promotoria, permanência dela pode prejudicar processo em Franca.
Solicitação também é por saída de médico do PS "Doutor Álvaro Azzuz".

Do G1 Ribeirão e Franca

A secretária de Saúde de Franca, Rosane Moscardini (Foto: Márcio Meirelles/EPTV)A secretária de Saúde de Franca, Rosane Moscardini (Foto: Márcio Meirelles/EPTV)

O Ministério Público protocolou na Justiça de Franca (SP) um pedido de afastamento da secretária municipal de Saúde Rosane Moscardini e do médico Lavoisier Tavares de Andrade em meio a ações contra a atuação de falsos médicos no Pronto-Socorro "Doutor Álvaro Azzuz" por intermédio do Instituto Ciências da Vida (ICV), em trâmite desde o ano passado.

Na solicitação, ainda não analisada, o promotor Paulo Borges argumentou que a permanência de ambos em suas funções pode prejudicar o andamento do processo.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura comunicou ainda não ter sido notificada sobre o pedido.

Investigações
Desde o ano passado, as investigações em torno da atuação de profissionais que teriam se apropriado de registros alheios, bem como de irregularidades no contrato com o ICV geraram dois processos por parte da Promotoria: uma ação cautelar que resultou no bloqueio de novos pagamentos à empresa e um ação civil pública que acusa representantes da Prefeitura e do ICV por improbidade administrativa.

Uma comissão especial de inquérito (CEI), em vias de ser concluída na Câmara, obteve depoimentos de que a secretária tinha conhecimento sobre a falsificação de fichas de pacientes, praticada por profissionais contratados pelo Instituto Ciências da Vida (ICV).

Na mesma comissão, a servidora Roberta da Cunha Felício Pereira, que até outubro de 2014 foi secretária do ex-diretor do pronto-socorro, Ricardo Veríssimo, afirmou ter tido acesso a prontuários médicos com carimbos de médicos diferentes, mas preenchidos com a mesma letra, supostamente do clínico geral Lavoisier de Andrade.

O médico, que continua a atuar no centro hospitalar, em depoimento anterior ao grupo parlamentar, afirmou que trabalhava 24 horas por dia, cinco dias por semana e sem descanso.

A Polícia Civil também investiga o caso.

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