Depois de 11 dias consecutivos com elevação no volume armazenado do Sistema Alto Tietê, o índice ficou estável nesta quinta-feira (21), segundo os dados divulgados diariamente pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O volume está em 28,9% – o mesmo de quarta-feira.
Ainda de acordo com a Sabesp, na segunda e na terça-feira, a pluviometria nas represas ficou em 0 mm. Na quarta, voltou a chover e o índice ficou em 4,6 mm, mas nesta quinta choveu apenas 1,9 mm. O dia com maior pluviometria em janeiro foi 10 de janeiro, com 51,1 mm.
A pluviometria acumulada no mês subiu para 171,6 mm, que correspondem a 69,5% da média histórica para o mês, que é de 246,9 mm.
Na mesma data do ano passado, o Sistema Alto Tietê operava com volume de 10%. A pluviometria acumulada estava em 32,5 mm.
- Pluviometria acumulada em 2015 foi 54% maior que a de 2014
- Volume do Alto Tietê deve chegar a 40% da capacidade em março
- Pelo menos 20 prédios do Alto Tietê ficam fora de rodízio de água
- Plantio de mudas deve beneficiar represas em 1 ano, diz governador
- Admitir estado crítico do Alto Tietê abre possibilidade de rodízio, diz MP
- Estado declara como crítica situação da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê
- 'Vi a represa nascer e morrer', conta morador de Salesópolis
- FOTOS: Imagens mostram situação das represas do Sistema Alto Tietê
- Seca prejudica obras de emergência do Sistema Alto Tietê
Chuva em 2015
Em 2015, choveu 54% mais do que em 2014, segundo os dados divulgados pela Sabesp. A pluviometria acumulada foi 13% superior à média histórica.
Dezembro terminou com 26,4% mais chuva do que a média histórica. Neste mês choveu 243,8 mm e o esperado era de 192,8 mm.
Novembro terminou com chuva 64% superior à média histórica. O mês de outubro acabou sem que as chuvas atingissem a média história. Ao longo do mês choveu 94,5 mm, 82,2% da média histórica de 115 milímetros.
Em setembro choveu o dobro do esperado para o mês no Alto Tietê. Segundo a Sabesp, a pluviometria acumulada foi de 170,2 mm, 108% superior à média histórica. Após 40 dias em queda, o índice dos reservatórios voltou a subir no dia 8. A média histórica foi superada no dia 9 de setembro, quando, em apenas um dia, choveu 57,3 mm. Esta foi a maior chuva do ano.
As chuvas de agosto foram 49% menores do que o esperado. A pluviometria acumulada ficou em 18,6 mm, quando a média histórica é de 36,7 mm.
Julho chegou ao fim com uma pluviometria 16,6% maior do que a média histórica para o mês, segundo os dados da Sabesp. A pluviometria foi de 57,4 mm e a média histórica para o mês era de 49,2 mm.
Já entre fevereiro e maio choveu mais do que a média histórica. Antes de junho, o índice foi inferior à média apenas em janeiro, quando a pluviometria foi 58,7% menor do que a média histórica.
O sistema
Desde dezembro de 2013, a água da região é utilizada para abastecer parte dos moradores antes atendidos pelo Cantareira em bairros como Penha, Cangaíba, Vila Formosa, Vila Maria e parte da Mooca.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a população atendida pelo sistema saltou de 3,8 milhões de pessoas para 5 milhões. Um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira, em dezembro de 2014, o sistema chegou a operar com apenas 4,2% da capacidade. O volume das represas aumentou do início do ano até maio, quando atingiu o pico de 2015 de 23,3% no dia 14. Desde então tem sofrido sucessivas quedas.