As dez cidades do Alto Tietê terminaram 2015 com 11.409 vagas a menos de emprego do que no início do ano, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para se ter uma ideia, em 2014, quando a geração de emprego caiu significativamente, o Alto Tietê ainda fechou o ano com saldo positivo de 1.110 vagas.
Município | Saldo de Emprego (2015) |
---|---|
Arujá | -1.072 |
Biritiba-Mirim | -163 |
Ferraz de Vasconcelos | -1.181 |
Guararema | -232 |
Itaquaquecetuba | -2.944 |
Mogi das Cruzes | -3.130 |
Poá | -940 |
Salesópolis | -12 |
Santa Isabel | -781 |
Suzano | -954 |
A cidade que mais fechou vagas foi Mogi das Cruzes, com saldo negativo de 3.130 postos de trabalho. Em seguida está Itaquaquecetuba, com 2.944 posto de trabalho a menos. Ferraz de Vasconcelos vem em seguida, com o saldo negativo de 1.181 empregos.
As indústrias foram responsáveis pelo fechamento de 73,6% das vagas da região. No ano, o setor demitiu 8.406 funcionários com carteira assinada, segundo o Caged.
As baixas aconteceram em cidades que possuem pólo industrial como Itaquaquecetuba, que perdeu 2.610 vagas; Suzano (- 1.365), Ferraz de Vasconcelos (- 1.361) e Mogi das Cruzes (- 1.169). Salesópolis foi a única que fechou o ano com saldo positivo na indústria em 2015: abriu três vagas no setor.
O comércio foi o único setor que terminou o ano com saldo positivo na região em 2015. Ao longo dos 12 meses, foram criadas 413 novas vagas de emprego. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social de Mogi das Cruzes, Osvaldo Bolanho, se levarmos em conta o número de empregos formais na cidade, a queda no total de vagas foi de 2,85%. “Notamos que até julho de 2015, não geramos novos empregos, mas conseguimos manter. No segundo semestre é que houve um desequilíbrio e fechamento de vagas”, avaliou.
Para Bolanho, ainda assim, a crise tem oferecido oportunidades em outros setores. “Temos um crescimento significativo de pequenas empresas, por exemplo. Muita gente perdeu ou deixou o emprego de carteira assinada para se tornar prestador de serviço, ter o negócio próprio. Isso é o que tem segurado a economia na cidade. Em Mogi temos a Sala do Empreendedor, por exemplo, que torna esse processo mais fácil”, destacou.
O G1 procurou a Secretaria de Indústria e Comércio de Itaquaquecetuba e aguarda retorno.
A série histórica que acompanha a evolução do emprego começou em 2002, ano em que a região do Alto Tietê teve um saldo positivo de 10.622 postos de trabalho. Em 2010 chegou em seu melhor desempenho, despencando em 2014.
2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 |
10.622 | 6.176 | 13.724 | 4.167 | 11.835 | 18.406 | 13.701 | 4.661 | 18.684 | 9.533 | 9.091 | 5.887 | 1.110 | -11.409 |
Dezembro
Com saldo de geração de emprego negativo ao longo do ano, a região do Alto Tiete fechou o mês de dezembro com 3.382 vagas de emprego a menos no comparativo com novembro. O cenário é preocupante já que em novembro a região já tinha perdido 1.133 vagas em relação a outubro. Os dados do Caged mostram que todas as cidades do Alto Tietê fecharam mais vagas do que abriram e terminaram o último mês de 2015 com saldo negativo.
Entre contratações e demissões, Mogi das Cruzes foi a cidade com o pior índice em dezembro: saldo negativo em 655. Em seguida está Suzano, com 640; e Itaquaquecetuba, com 495. Também ficaram negativas Poá (461), Arujá (375), Ferraz (370), Santa Isabel (231), Guararema (113), Biritiba-Mirim (28) e Salesópolis (14).