A manhã desta sexta-feira (18) começou bem movimentada na Câmara Municipal de Aracaju (CMA). Os vereadores não conseguiram aprovar os projetos necessários e obrigatórios até a data prevista em calendário e podem estender os trabalhos até a segunda-feira (21).
O projeto mais polêmico é o que trata do reajuste da tarifa do transporte público da Grande Aracaju. Segundo o líder da situação, vereador Agnaldo Feitosa (PR), os empresários propuseram que a tarifa passe para R$ 3,75. O líder criticou o aumento e disse que não existe possibilidade de apoiar esse valor.
(Foto: Tássio Andrade/G1)
“Alguns dizem que o cálculo já acabou na SMTT, mas não estou sabendo de nada. Informei ao presidente que preciso saber disso, sou o líder da situação. Sabemos que existe necessidade de aumento de tarifa, mas dentro da possibilidade do povo. O país vive uma crise muito grave, a gente sabe que houve uma inflação alta, o país perdeu a estabilidade. Fui particularmente conversar com Nelson Felipe, e achamos que o importante é era que a gente oferecesse a inflação ao prefeito João Alves Filho. Os empresários querem que a passagem fique em R$ 3,75, esse valor não tem como passar, isso não existe, que cálculo é esse? É 40 % na atual tarifa. O cálculo parece que foi refeito, deve chegar hoje até o fim do dia. Por alto, me disseram que ficou em R$ 3,15. Soube, nada oficial, que a SMTT chegou a esse valor. Mas vejam, mesmo assim o valor ainda está alto. É preciso uma harmonia para chegar a um valor justo para a população”, diz o vereador Agnaldo Feitosa , líder da situação da Câmara Municipal de Aracaju (CMA).
(Foto: Tássio Andrade/G1)
O vereador Iran Barbosa (PT), líder da oposição, também criticou o aumento da tarifa. Mas, acha que a demora em fechar agenda do ano é proposital. “Extrapolamos a agenda do legislativo, o recesso já deveria ter começado. Discutimos o orçamento tudo está pronto para ser votado. Todas as emendas foram debatidas, agora, estão segurando tudo, pois tem uma pauta intermediária. O que está parecendo é que a Câmara ficou em Stand By esperando que chegue o projeto de aumento da tarifa. Eu sinceramente acho isso, e espero que esteja errado, que isso não seja real. Não podemos ficar presos aos interesses de setores específicos e do executivo. É preciso respeitar o período de trabalho. O executivo só manda projetos polêmicos para a casa no apagar das luzes”, critica Iran Barbosa, líder do PT na CMA.