O artefato amarrado a um idoso de 65 anos nesta sexta-feira (18), dentro de um veículo estacionado em um cemitério na Avenida da Saudade, em Santo André, no ABC, não tinha explosivos, segundo o comandante-geral da Guarda Civil Municipal, Rogério Durante. Quem verificou o objeto foi o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar.
O chamado foi feito por volta das 12h20. De acordo com a GCM, o idoso tinha ferimentos leves no corpo e estava preso por fios ligados ao artefato. O objeto estava no banco de trás do veículo. Ele carregava uma folha que serviria como um "manual de instruções" para sobreviver à suposta bomba.
O texto dizia que o homem não poderia deixar o carro morrer, desligar o rádio e deveria atender a ligações apenas do número "desconhecido" ou "Viva Democracia" para receber instruções, entre outras exigências.
Ainda segundo a guarda, o idoso afirma ter sido sequestrado por criminosos a caminho de um depósito bancário. Os suspeitos, então, o teriam agredido, sequestrado e obrigado a dirigir até uma área de proteção ambiental.
Lá, eles amarraram o suposto explosivo ao seu corpo, entregaram a lista de instruções e partiram levando R$ 1 mil. Ele contou que, então, dirigiu até o cemitério e buscou ajuda, de dentro do carro, a um funcionário, que ligou para a GCM.
Às 16h, o idoso já havia sido retirado do veiculo e era atentido por uma equipe médica. Ele foi encaminhado ao Hospital Brasil, no bairro de Vila Dora. No mesmo horário, o Esquadrão Antibombas ainda trabalhava para verificar o potencial explosivo do artefato.
Segundo Rogério Durante, esse foi o segundo envolvimento do idoso com uma suposta ameaça de bomba. Em 2002, ele buscou abrigo em uma igreja da cidade com um objeto preso ao seu peito por fita isolante. Ele afirmou ter sido vítima de um sequestro e disse se tratar de uma bomba. A PM, no entanto, descobriu que o objeto era um alto-falante.
