A multinacional Alstom fechou um acordo com a Justiça e vai pagar R$ 60 milhões para se livrar de um processo no qual é investigada por pagar propina para conseguir contratos no governo paulista na área de energia elétrica. A GE, que comprou a Alstom Energia no mês passado, disse que não vai fazer comentários.
O governo de São Paulo disse que o acordo é bem-vindo na medida em que obriga a empresa a ressarcir os cofres públicos sem nenhum prejuízo de investigações e processos futuros. E que o estado é o maior interessado no ressarcimento.
O Ministério Público acusa a Alstom de ter pago propina para o então conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, que foi chefe de gabinete do governador Mario Covas (PSDB), para que ele autorizasse um contrato de compra de duas sub-estações de energia elétrica.
A proposta de ressarcimento foi apresentada por advogados da Alstom aos promotores do Ministério Público e à juíza que acompanha o caso durante uma audiência em São Paulo.
Pelo acordo, que ainda deve ser confirmado pelo governo de São Paulo, a empresa se livra do processo que corre na justiça estadual. Mas ela ainda continua respondendo na justiça federal. A Alstom pagará ao estado, apesar de não admitir a culpa.
Robson marinho e outras pessoas citadas continuarão respondendo ao processo. Esse acordo não livra a Alstom de outras investigações como a do cartel do Metrô e da CPTM.