A Justiça decretou a prisão de três homens suspeitos de matar um agricultor de 48 anos em Arroio Grande, no Sul, no Sul do Rio Grande do Sul. Após a decisão, do final da noite sexta-feira (19), os três foram presos. O corpo da vítima, identificada como Dionei Corazza, foi encontrado enterrado em sua propriedade no interior da cidade na sexta-feira (19). As investigações da polícia apontaram que dois funcionários dele encomendaram o crime, devido a dívidas que o patrão teria com eles.
"Os dois funcionários combinaram a morte", disse ao G1 o delegado Jaimes dos Santos Gonçalves, responsável pelo caso. Segundo o policial, os funcionários chegaram a contratar um "pistoleiro" que iria ganhar R$ 2 mil pelo crime. Entretanto, ele só teria recebido R$ 100.
Os três foram localizados pela polícia na sexta-feira (19) e, após os depoimentos, o delegado pediu à Justiça a prisão temporária dos três, o que foi aceito no mesmo dia. O "pistoleiro" e um dos funcionários foram levados para o Presídio de Jaguarão e o outro foi encaminhado para a Penitenciária de Rio Grande.
matagal (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
No dia 9 de agosto, um informante contou à polícia detalhes do crime. "Chegamos ao executor e o escutamos. Ele confessou a prática do crime e delatou os outros dois. Um deles confessou, e o outro seria ouvido em Rio Grande." Um deles disse que o patrão devia R$ 14 mil de uma safra colhida na propriedade.
O crime ocorreu no mesmo dia da comunicação do desaparecimento, no dia 27 de junho, na localidade de Chasqueiro, a 25 quilômetros da cidade. O "pistoleiro" e um dos funcionários bateram na porta da casa principal e já deram um tiro. Em seguida, foram dados outros dois disparos de uma arma de caça calibre 28. Entretanto, Corazza resistiu, e em seguida foi degolado com uma faca dentro de sua casa.
Conforme o delegado, o "pistoleiro" fugiu do local. O outro funcionário, que não participou do crime, estava na casa do caseiro e foi chamado. Ele e o outro enterram o corpo perto de uma torre.
Dupla teria vendido objetos do homem após crime
Após o crime, a dupla passou a vender os pertences da vítima, como o trator utilizado na propriedade. Um deles ficou na propriedade e outro foi para Rio Grande. Segundo o delegado, eles disseram que Corazza poderia estar foragido ou ter dívidas. "Simularam que a vítima tinha ido para o Uruguai", complementou.
Após uma denúncia, o delegado foi até o local. "Tinha sangue no local. Além disso, coletei DNA", observa Gonçalves. Em seguida as investigações se intensificaram e levaram até o "pistoleiro".
Na sexta-feira (19), a polícia apreendeu as duas espingardas e a arma. Os três vão responder por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, fútil e recurso que impossibilitou a defesa. Além disso, os dois funcionários vão responder por ocultação de cadáver.