improvisaram ponte na
vicinal; 'situação não mudou',
diz agricultor (Foto: Pedro
Silva/Arquivo pessoal)
Quase 1 ano e meio após ter sido alvo de reclamações no G1, a situação da estrada na Vicinal 1 do Projeto Assentamento Amajari, região Norte de Roraima, continua precária, conforme denunciou neste domingo (12) o agricultor Pedro Silva.
De acordo com ele, ao menos 16 famílias são prejudicadas com a falta de estrutura da estrada que não tem asfalto e nem pontes. O agricultor relata que não há como fazer o escoamento dos produtos agrícolas da região e, por isso, para se sustentar trabalha como pedreiro em Boa Vista.
"Estamos pensando no período chuvoso, que está próximo, e isso vai afetar ainda mais os moradores da vicinal. Onde deveria ter sido construído ponte, a empresa contratada instalou bueiros. Pedimos providências", reclamou Pedro.
Um convênio entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) com a Prefeitura Municipal de Amajari, firmado em 2014, deveria contemplar a construção dos 14 quilômetros da vicinal que levam até a comunidade e a recuperação de 9,8 quilômetros.
No total, o valor do contrato prorrogado em 2016 com vigência para abril deste ano, foi orçado em R$ 2,1 milhões. Em entrevista ao G1, a superintendente Regional Adjunta do INCRA em Roraima, Dilma Costa, informou que a prefeitura do município já recebeu 98% do valor da obra.
"Foi constatado no mês passado [fevereiro] que apenas 56,89% das obras foram realizadas. Considerando que as obras encontram-se paralisadas, o INCRA notificou a Prefeitura de Amajari e a Empresa executora da obra e oficiou o Ministério Público Federal", disse a superintendente.
Ainda de acordo com o INCRA, uma reunião está agendada na sede do Instituto com o representante da empresa contratada e com a prefeita de Amajari, Vera Lúcia Cardoso (PSC), para deliberar providências imediadas. A data da reunião não foi informada.
A reportagem entrou em contato, por telefone, com a assessoria de comunicação da prefeitura do município, mas foi informada que somente o secretário de Infraestrutura poderia falar sobre o assunto. O secretário não atendeu as ligações da reportagem até a publicação desta reportagem. A empresa contratada no convênio não foi localizada.