Cerca de 200 pessoas, entre artistas, magistrados, políticos, representantes de entidades de classe e de movimentos da sociedade civil, se reuniram no início da noite desta segunda-feira (17) no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, no Centro do Rio, para um ato de desagravo em apoio ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).
Na semana passada, Jonas Tadeu e Marcelo Mattoso, advogado e estagiário dos dois acusados de acender o rojão que matou o cinegrafista da Band Santigado Andrade, disseram ter recebido um telefonema de uma ativista, oferecendo assistência jurídica a um de seus clientes, Fábio Raposo, e afirmando que o outro, Caio Silva de Souza, era ligado a Freixo. No mesmo dia, o deputado negou com veemência ter qualquer relação com os acusados.
No ato de desagravo, os participantes criticaram a forma como a mídia em geral, e a TV Globo, em particular, trataram do assunto.
Ivan Lins, Caetano e Freixo(Foto: Daniel Silveira/G1)
Entre os presentes, estavam os políticos Chico Alencar, Lindberg Farias, Luciana Genro e Jefferson Moura; o cantor e compositor Caetano Veloso; o antropólogo Luiz Eduardo Soares; e a socióloga Julita Lemgruber, entre outros. Todos elogiaram a trajetória de Freixo e enalteceram sua luta em defesa dos direitos humanos.
O deputado agradeceu o apoio recebido: "É um ato organizado pelo Luiz Eduardo Soares, pela Julita Lemgruber, pela Miriam Guindani. São grandes amigos de longa data que reuniram aqui intelectuais, artistas, movimentos sociais, jovens em defesa da minha história e da minha dignidade, que evidentemente foi muito atingida pelos noticiários, que lamentavelmente de alguma maneira me associaram a esse ato brutal e inaceitável que atingiu o Santiago. Eu tenho uma história de vida inteira, uma luta contra a violência, muito antes do parlamento, e não se pode destruir a vida de uma pessoa dessa forma. Então, evidentemente que essa acolhida, esse gesto de carinho vem muito bem pra mim neste momento e eu fico muito grato a todas as pessoas aqui presentes”.
Nota da Globo
A TV Globo entende o desconforto do deputado Marcelo Freixo e dos que o apoiam, mas está segura de que cumpriu fielmente sua missão de informar - a todos ouvindo e dando espaço para que todos se manifestassem. Omitir dos telespectadores o episódio seria, aí sim, um erro.
Auditório do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Foto: Daniel Silveira/G1)
