Apesar das perdas na safra anterior por causa do excesso de chuvas, apicultores do Paraná esperam um resultado melhor para os próximos meses. A expectativa se deve à ajuda da ciência.
Na região de Irati, no sul do estado, os apicultores estão recebendo auxílio de pesquisadores para aumentar a produtividade. Um projeto da Universidade Estadual do Centro-Oeste, que busca a sustentabilidade na pequena propriedade rural, está estimulando o cultivo de mel com apoio técnico.
Pelo menos 50 famílias de agricultores já foram beneficiadas com caixas de abelhas e materiais como macacão, luvas e fumigador. "A gente tá gerando um resultado bastante grande para cada uma dessas famílias de apicultores. Porque cada kit de produção pode gerar um resultado em torno de 250 ou mais quilos de mel por ano", calcula o pesquisador Carlos Nauiack.
No Brasil, são produzidos em média 45 mil toneladas de mel por ano. Pelo menos metade é destinada à exportação. No sul do país, as perdas da safra passada por causa das chuvas chegaram a 80%. "A abelha para produzir bem tem que ter três situações: temperatura, florada e luminosidade adequadas. Agora, no inverno tem menos luminosidade. A temperatura está baixa e não tem florada. Assim que chegar a primavera a torcida é para que, desta vez, as chuvas não atrapalhem tanto", observa o veterinário Cristiano Fritzen.
Na primavera durante a safra, são produzidas 70 toneladas de mel em Irati, médica que pode ser ainda maior, expera o produtor João Carlos Zampier, que recebeu uma centrífuga nova. A máquinia vai ajudar na colheita do mel. "A centrífuga que eu tenho é no tambor, esmaltada. Esta nova é de inox, como determina a lei. Agora vou conseguir viabilizar mais o meu trabalho", declara o apicultor.
E, com a Casa do Mel, a produção também passa a ser mais valorizada. "O mel que ia para fora a um preço barato agora vai ficar na região gerando renda, emprego e mais qualidade ao produto", garante o técnico Marcelo Campello.
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