(Foto: Araupel/ Arquivo )
Um grupo de sem-terra ocupou uma nova área da fazenda da Araupel, desta vez em Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná. Segundo a Polícia Militar, a invasão do local conhecido como Projeto Quatro - onde funciona uma pousada - começou por volta das 3h desta segunda-feira (6). A área de reflorestamento, que se estende por Rio Bonito do Iguaçu foi ocupada pela primeira vez em julho de 2014.
No local, com cerca de nove mil hectares, são cultivados pinus. E, de acordo com a PM, ainda não é possível precisar quantas famílias participam da ação e o tamanho da área ocupada. De acordo com a assessoria de imprensa da Araupel, representantes da empresa estão em Curitiba tentando reverter a situação.
- Grupo de sem-terra invade área de reflorestamento em Quedas do Iguaçu
- Moradores pedem saída do MST de terras da Araupel no sudoeste do PR
- Empresa e grupo de sem-terra não chegam a acordo e invasão continua
- Justiça declara nulo título de fazenda de empresa de reflorestamento do PR
- Incra espera definir até o mês de abril situação de fazenda invadida no PR
- Para reduzir tensão no campo, Incra lança edital de compra de terras no PR
Em maio, a 1ª Vara Federal de Cascaveldeclarou nulo o título de propriedade da Fazenda Rio das Cobras, em Rio Bonito do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu, concluindo que a área pertence à União. O impasse continua na justiça. Cálculos feitos pela empresa estimam em mais de R$ 9 milhões os prejuízos com as invasões dos sem-terra. Até junho, um acampamento montado em Quedas do Iguaçu contava com outras 800 famílias.
O G1 tentou contato com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), mas até a publicação desta matéria ninguém retornou para falar sobre a ocupação. O grupo reivindica a desapropriação da fazenda para fins de reforma agrária.
Invasões
No dia 16 de julho de 2014, um grupo de sem-terra invadiu a fazenda da Araupel, em Quedas do Iguaçu. Na época, uma parte bloqueou um das estradas de acesso à propriedade e outra seguiu para a área de 33 mil hectares. Um caminhão colocado em uma das pontes sobre o Rio das Cobras impedia a chegada de policiais e funcionários à região. Desde então policiais reforçam a segurança no local e o caso vem sendo discutido na justiça.