Por g1 PR e RPC — Londrina


Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros participaram das buscas. — Foto: Patrícia Pivetta - RPC

Em depoimento à Polícia Civil em Londrina, norte do Paraná, a ex-companheira de Diego Souza contou que fingiu estar morta para sobreviver ao ataque do homem. Ele, que tem 33 anos, confessou ter matado a filha a tiros e deixar o corpo da criança dentro do carro, na segunda-feira (23).

A Justiça decretou a prisão preventiva de Diego. Audiência de custódia acontece nesta terça-feira (24).

Diego disse em depoimento que não aceitava que a vítima iria mudar de estado com a filha. Ela também iria se casar com o novo namorado no dia do crime.

A vítima relatou que Diego passou o final de semana com a filha, de 3 anos, e na segunda-feira de manhã foi devolvê-la. Os dois se encontraram na frente do condomínio em que ela mora, em dois veículos diferentes.

Ele desceu do carro com a arma apontada para ela, assim que chegou. "Eu falei pra você não fazer isso", ela lembra de ele ter falado, em depoimento.

Depois de atirar duas vezes contra a criança, que estava no banco traseiro do carro dele, Diego foi até a mulher, no automóvel ao lado. A ex-companheira dele conta que teve a cabeça colocada entre os dois bancos da frente e foi alvo de dois disparos.

"Na hora, eu fingi que estava morta, porque eu sei que ele ia continuar. [...] Tinha muito sangue, muito sangue caindo", disse ao delegado.

Na sequência, a vítima lembra que ele fugiu com o corpo da filha ainda no carro.

A menina foi encontrada dentro do veículo estacionado na Rua Ângela Munhoz Moreno, já sem vida.

Justiça decreta prisão preventiva de homem que matou a filha em Londrina

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Histórico de violência

A ex-companheira de Diego disse que os dois ficaram juntos por sete anos. Eles se separaram quando a filha completou 45 dias de vida, três anos. "Eu descobri que ele era usuário de drogas", falou na oitiva. Diego negou em depoimento que usasse drogas.

Há um mês e meio, a vítima lembrou que Diego tentou "agarrar" ela dentro do hospital, onde estava acompanhando a filha após uma cirurgia. Entretanto, o comportamento violento não era comum, de acordo com ela, e não foi registrado boletim de ocorrência.

Ao ser preso, o homem disse que "se sentiu no direito". A informação foi divulgada pelo guarda municipal (GM) Marcos Godoy, em entrevista à RPC.

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Depoimento de Diego

Diego confessou ao delegado João Reis que matou a filha. "Foi coisa que passou na minha cabeça, na hora", relatou em depoimento.

Ele ainda disse que "não suportava a ideia dela [filha] ficar longe" e "ficar com o outro pai".

O homem deve responder pelos crimes de feminicídio (contra a filha), tentativa de feminicídio (contra a ex-companheira), porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e resistência à prisão.

O g1 aguarda posicionamento da defesa dele.

Diego de Souza foi preso horas após o crime — Foto: Reprodução/RPC

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