Auditores fiscais envolvidos no esquema de corrupção dentro da Receita Estadual do Paraná e que estavam em prisão domiciliar conseguiram autorização da Justiça para viajar de férias.
Os reús foram presos na 4ª fase da Operação Publicano, mas tiveram as prisões preventivas convertidas em prisões domiciliares com monitoramento por tornozeleiras. Os pedidos foram feitos pelos advogados dos réus e aceitos pelo juiz Juliano Nanuncio, responsável pelos processos da Operação Publicano.
Esses são os casos do auditor Silvano Aparecido Bonilha que pediu para passar o Natal e o Ano Novo em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Mesmo destino do auditor Ednardo Paduan, que ficará na cidade catarinense entre 30 de dezembro de 2015 e 10 de janeiro de 2016. O auditor Samir Malouf Ibrahim vai viajar para Matinhos, no litoral paranaense, entre os dias 16 e 24 de janeiro de 2016.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o ex-inspetor da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima e a mulher dele, Ana Paula Lima, também conseguiram autorização para passar um período de férias no Rio de Janeiro.
Márcio Lima é apontado pelo MP-PR como um dos chefes do esquema de corrupção dentro da Receita Estadual que desviou aproximadamente R$ 1 bilhão dos cofres públicos.
Os advogados de Silvano Bonilha, Ednardo Paduan e Samir Malouf não foram encontrados até as 20h30 para comentar o assunto.
O advogado que defende Márcio e Ana Paula Lima informou que a Justiça derrubou as prisões domiciliares e o monitoramento por tornozeleiras, e por isso, segundo o advogado, os clientes podem viajar sem restrições.
O MP-PR não quis se pronunciar sobre o caso, mas o promotor Renato de Lima Castro deu declarações à imprensa afirmando que é contrário a realização de viagens pelos auditores, pois de acordo com ele, preso não tira férias.