Por Fernanda Vivas, g1 e TV Globo — Brasília


Ministro Gilmar Mendes pediu mais tempo para analisar o caso. — Foto: Andressa Anholete/SCO/STF

Na última sessão do ano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, prestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, em meio às investigações que revelaram um plano para assassinar o magistrado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Mendes afirmou que o cenário gera "perplexidade e indignação" a todos os democratas brasileiros. Disse ainda que Moraes "enche de orgulho a nação brasileira".

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"Entendo oportuno dirigir-me ao ministro Alexandre de Moraes, como modo de saudá-lo em manifestação plena de solidariedade e apoio, a si e a sua família. De fato, perante notícias públicas de que verdadeira organização criminosa estaria planejando típico golpe de Estado, é preciso reconhecer que chegamos a graus de paroxismo desconhecidos na história brasileira, cenário que gera perplexidade e indignação a todos nós, democratas brasileiros", afirmou o ministro.

"Sem ignorar que dita trama ainda é objeto de investigação pelas instâncias competentes, é preciso mais uma vez ratificar: Vossa Excelência, ministro Alexandre, enche de orgulho a nação brasileira, demonstrando, ao mesmo tempo, ponderação e assertividade na condução dos múltiplos procedimentos adotados para a defesa da democracia em nossa pátria", prosseguiu Mendes.

"Punhal Verde e Amarelo"

Os recentes desdobramentos das investigações da Polícia Federal sobre o golpe de Estado em 2022 revelaram que um grupo de militares atuou para executar o chamado plano "Punhal Verde e Amarelo", uma operação para assassinar autoridades — o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Moraes.

A ação ocorreria no contexto do golpe de Estado, a ser colocado em prática após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

A operação Contragolpe, que revelou detalhes do plano, levou à prisão um grupo de militares e um policial acusados de participação no caso. No último sábado, com a prisão do general Braga Netto, as apurações revelaram que o general teria obtido e entregado recursos necessários para a execução do ato.

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