14/12/2015 20h52 - Atualizado em 15/12/2015 21h33

Justiça libera entrada de agentes em imóveis fechados de Campina Grande

Agentes de saúde vão combater focos do Aedes aegypti em casas fechadas.
Em Campina Grande existem, pelo menos, 957 imóveis fechados.

Do G1 PB

A 3ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande decidiu no final da tarde desta segunda-feira (14) que os agentes de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya estão autorizados a entrar em todos os terrenos, prédios, casas e apartamentos fechados ou abandonados, mesmo sem a autorização dos proprietários. A decisão atende a um pedido feito pela Procuradoria Geral do Município.

Em Campina Grande são, pelo menos, 957 imóveis fechados na cidade, conforme dados da Prefeitura Municipal. As casas, terrenos e prédios fechados têm sido a maior dificuldade dos agentes de saúde no combate ao mosquito. Além de casas, prédios públicos abandonados também representam risco.

O último levantamento do Centro de Zoonoses apontou que praticamente 100% dos bairros de Campina Grande apresentaram infestação do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungnya. O Centro de Zoonoses pediu ajuda ao Ministério Público Estadual (MPE), que recebeu uma lista com todos os endereços dos imóveis, casas e terrenos que estão fechados na cidade.

Suspensão de férias
Para reforçar o combate ao mosquito Aedes Aegypti, o Ministério da Saúde determinou também a suspensão das férias de todos os agentes de saúde e guardas de endemia. Os servidores que já estão de férias devem retornar ao trabalho imediatamente. Em João Pessoa, são 800 servidores federais que prestam serviço como agente de saúde e guarda de endemia.

Combate ao mosquito
As ações de combate ao Aeds aegypti na Paraíba recebem nesta semana mais uma iniciativa para inibir a reprodução do mosquito. O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda-feira (15), que enviou 1,9 mil quilos de larvicida ao Estado para eliminar as larvas do transmissor da dengue, chickungunya e zika, essa última responsável pelo surto de microcefalia que assola o país. O quantitativo encaminhado à Paraíba é suficiente para tratar 950 milhões de litros de água, algo equivalente a 380 piscinas olímpicas.

 

O reforço no combate ao mosquito foi enviado aos estados das regiões Nordeste e Sudeste. A quantidade repassada à Paraíba corresponde à demanda da Secretaria Estadual de Saúde. Cada quilograma do larvicida é capaz de tratar 500 mil litros de água. O produto é usado quando não é possível a eliminação do foco de água parada, local de reprodução do Aedes.

As prefeituras de João Pessoa e Campina Grande, as cidades mais populosas do estado, intensificaram o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da zika, da dengue e da febre chikungunya.

Para combater o mosquito, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa está elaborando um plano estratégico, além das ações de combate direto do vetor, como a aplicação de químicos em água acumulada e na conscientização da população. Neste sábado (12), a prefeitura da capital deu início a uma força-tarefa para combater o mosquito. Agentes de Saúde Ambiental foram distribuídos pelos os cinco Distritos Sanitários, que abrangem todo território da capital ,para realizar visitas domiciliares com objetivo de identificar e eliminar os focos ou possíveis locais que podem servir como criadouro.

A Secretaria de Saúde de Campina Grande, por sua vez, reforça as ações nos bairros com maiores incidência das doenças e disponibiliza um número de telefone para denúncias de possíveis focos do mosquito. Apesar de João Pessoa não estar em condição de risco de surto do Aedes aegypti, de acordo com o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa), divulgado pelo Ministério da Saúde em 25 de novembro de 2015, a prefeitura da capital segue o trabalho de combate. Além das ações já realizadas, o gerente Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses, Nilton Guedes, atenta para a necessidade de colaboração da população.

 

 

 

 

 

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