Por g1 Pará — Belém


Anízio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha, de 53 anos, e a neta Lorrane Cidronio de Jesus, 11 anos. — Foto: Arquivo Pessoal

O corpo da menina Lorrane Cidronio de Jesus, de 11 anos, foi encontrado pelos Bombeiros do Tocantins nesta terça-feira (24). Ela está entre as vítimas da queda da ponte Juscelino Kubistchek, entre os estados do Tocantins e do Maranhão, ocorrida na tarde do último domingo (22).

Na segunda-feira (23), antes da confirmação da morte da menina Lorrane, o g1 conversou com Douglas Rocha de Jesus, pai da criança.

Segundo o pai, a menina viajava acompanhada dos avós paternos, Anízio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha, de 53 anos. Eles seguiam rumo à capital de São Paulo para levar uma carga de portas de MDF.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Pará, oito paraenses estão entre as vítimas. Além de Lorrane de Jesus, que morreu no acidente, um homem foi resgatado com vida e outras seis pessoas seguem desaparecidas.

Uma equipe do Grupamento Aéreo e agentes do Corpo de Bombeiros do Pará auxiliam nas buscas junto com as equipes do Tocantins.

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Alerta para risco de contaminação

A prefeitura de Marabá, na região sudeste do Pará, emitiu um comunicado para que as comunidades que vivem às margens do Rio Tocantins não se aproximem da água nem façam uso dela, após a confirmação de que um caminhão carregado de ácido sulfúrico está entre os oito veículos que caíram no desabamento da ponte.

O alerta pede para que os moradores de Marabá evitem contato com a água do Rio Tocantins, por onde a ponte passava, a fim de prevenir possíveis contaminações, como queimaduras, intoxicações e outros problemas relacionados ao elemento químico considerado altamente perigoso.

O comunicado afirma que equipes do Corpo de bombeiros, Defesa Civil e outras autoridades estão avaliando e monitorando a situação e pede para que a população aguarde novas orientações.

Ponte Juscelino Kubitschek desabou no domingo (22) — Foto: Reprodução

As buscas precisaram ser suspensas até que análises laboratoriais assegurem que é possível ter contato direto com a água do rio.

O g1 procurou a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), que informou, em nota que "até o momento, não há registro de contaminação da água no município. O abastecimento foi mantido e equipes técnicas monitoram a situação em conjunto com os órgãos responsáveis".

Setor de alimentos sente impacto com a queda da ponte

Com a interdição da ponte, um dos principais pontos de acesso de cargas para o estado paraense, o comércio alimentício já está prevendo uma possível falta de materiais para a fabricação de produtos, em especial, os alimentos procurados natalina, como croissant, pães e roscas.

Em um comunicado feito nas redes sociais, uma padaria informou que o transporte de manteiga, ingrediente essencial para a produção de receitas, pode ser impactado. Com isso, "não haverá reposição de croissants para o Natal e o Réveillon" até que a entrega seja normalizada.

A reportagem procurou o Sindicato do Comércio Varejista e Lojistas do Comércio do Pará para entender como a situação afeta o comércio local e aguarda retorno.

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