Hangar recebe memorial em homenagem a pacientes e profissionais da saúde que lutaram contra a Covid-19. — Foto: Reprodução / Agência Pará
O Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, recebeu na noite de quinta-feira (22) um novo símbolo em homenagem a pacientes e profissionais de saúde que lutaram contra a Covid-19 no local, onde foi instalado um hospital de campanha no período mais crítico da pandemia.
O Memorial Simbólico da Luta pela Vida foi criado pelo artista plástico Ricardo Carvão Levy e foi colocado no centro do lago localizado na entrada principal do Hangar, na avenida Dr. Freitas.
A solenidade de instalação teve a presença do governador Helder Barbalho (MDB) e outras autoridades.
A homenagem produziu momentos como a apresentação do violinista Felipe Bruno, que tocava para os pacientes do Hospital de Campanha.
Os cantores Nilson Chaves, que esteve internado no local, e Sandra Duailibe, o Coral Plenitude do Grupo Premícias, da Igreja Assembleia de Deus, regido pelo sargento da Polícia Militar Rafael Souza, também prestaram tributo aos profissionais de saúde e pacientes.
Energia que flui
Com 50 anos de carreira, o artista paraense Ricardo Carvão Levy já esculpiu mais de 10 monumentos públicos. Nascido em 1949, em Belém, desde cedo entrou em contato com as influências das artes marajoara e tapajônica. Residente em Belo Horizonte (MG) desde 1964, ele tem no Memorial Simbólico da Luta pela Vida seu primeiro trabalho na capital paraense.
O artista disse que utilizou os processos de calandragem – conformação de materiais por cilindros aquecidos – e solda em tubos de aço.
“Esse é um processo de criação minimalista, fruto de muita dedicação, amor e perseverança. Neste caso, inspirado principalmente nas formas orgânicas presentes na natureza. Eu gosto de deixar a livre interpretação, porém me inspirei na vida, em sua essência: artérias, raízes, na energia que flui de cada ser”, explicou.