Uma das lendas do thrash metal alemão, 31 anos de estrada, o Destruction mostrou no Palco Sunset do Rock in Rio, na tarde deste domingo (22), um vigor de dar inveja em muito novato. Um pouco mais jovem, com seus 23 anos de fundação, os gaúchos do Krisiun mantiveram a pegada, representando o death metal nacional. Juntas, as bandas proporcionaram o ponto alto do show, na cover “Black metal”, do Venom.
‘Meu português é uma m..., vamos falar a linguagem do metal’, anunciou o vocalista e baixista do Destruction, Marcel Schmier, com vasto reportório de palavrões aprendidos. “Foda pra c...!”, gritou várias vezes.
A apresentação começou logo após as 16h, com "Curse of gods". Depois de cinco minutos de show, a brutalidade sonora aumentou quando a caixa de som à esquerda do palco foi finalmente ligada, para delírio do mar de camisas negras na plateia – que, aliás, deu um show à parte,.
"Thrash till death", "Spiritual genocide" e "Nailed to the cross" deram sequência à apresentação, que teve ainda "Mad butcher", "Armageddonizer" e “The butcher strikes back”, a última do Destruction sozinho no palco, e precedida de um gole de cerveja do vocalista, que havia pedido uma “caipirinha”, mas bebeu sem reclamar.
Homenagem ao Venom
“Estamos aqui por uma razão especial, por causa de amigos do passado”, disse Schmier para anunciar o Krisiun. “Estão prontos?”, perguntou antes de tocarem juntos a clássica “Black metal”, do Venom – banda inglesa que foi uma das principais responsáveis pelo surgimento do thrash metal.
Com quatro músicas - "Kings of killing", "Combustion inferno", "Vicious wrath" e "Ominous" -, a banda gaúcha não deixou o público desanimar. "Pela primeira vez na história, o death metal nacional está no Rock in Rio", comemorou o vocalista Max Kolesne.
Para fechar, juntos, os grupos fecharam o show de pouco mais de uma hora com "Total desaster", do Destruction.