Por g1


Após assassinato e ameaças, Equador terá 2º turno com disputa advogada e empresário

Após assassinato e ameaças, Equador terá 2º turno com disputa advogada e empresário

Na votação no Equador no último domingo (20) os eleitores escolheram seus candidatos à presidência e à Assembleia Nacional e também tiveram que tomar uma decisão a respeito da exploração de petróleo dentro do parque Yasuni, na floresta amazônica.

Na consulta popular histórica, 59% dos eleitores equatorianos aprovaram a suspensão da exploração de petróleo no local, de acordo com o resultado oficial de 98% das urnas eleitorais divulgado nesta segunda-feira (21).

No subsolo da reserva florestam de Yasuní há um bloco de petróleo que já era explodrado. Com a decisão das urnas no domingo, o petróleo que ainda não foi retirado vai ficar na reserva por tempo indeterminado.

O parque Yasuní tem um um milhão de hectares e pertence a uma empresa estatal de óleo e gás, a Petroecuador. O bloco representa 0,08% da área do parque, e é o quarto em produção de petróleo do país, com 57 mil barris por dia, o equivalente a 12% do petróleo do país.

Com a vitória da preservação no referendo de domingo, o governo estima perdas de R$ 81,8 bilhões em 20 anos.

O rendimento atual desse bloco específico fica atrás de outros três campos de óleo que também ficam na região amazônica do Equador. Outros campos de petróleo ainda estão ativos no parque Yasuní.

Comunidades indígenas

Nesse local vivem as comunidades indígenas waoranis, kichwas, e também as comunidades indígenas em isolamento voluntário tagaeri, taromenane e dugakaeri.

Localizada entre as províncias de Pastaza e Orellana, esta reserva captura carbono e depois bombeia oxigênio e vapor d'água que recarrega as fontes hídricas.

Promovido por ambientalistas, o referendo sobre o Yasuní chamou a atenção internacional, enquanto o mundo busca reduzir os combustíveis fósseis e mitigar o aquecimento global.

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