Líderes dos parlamentos rivais da Líbia rejeitaram um acordo de paz proposto pela ONU um dia antes de moderados de ambos os lados estarem programados para a assinatura do pacto, destacando as profundas divisões que desafiam os esforços internacionais para acabar com o conflito.
Os dois líderes se encontraram na terça-feira (15) pela primeira vez desde o início do conflito mais recente, há um ano. Ambos disseram que o encontro representa um processo, mas afirmaram que o acordo foi imposto por potências mundiais e pediram por mais tempo para trabalharem em uma iniciativa líbia.
Moderados dos parlamentos rivais e independentes estavam programados para assinar nesta quarta-feira um pacto que pede uma unidade governamental e cessar-fogo.
Não houve anúncio imediato sobre se a assinatura iria prosseguir. Datas limites e de negociação muitas vezes não foram cumpridas no passado na Líbia.
"Nos encontramos para encontrar uma solução da crise líbia e deixar que o mundo soubesse que nós mesmos somos capazes de trabalhar nossos problemas", disse a repórteres Aguila Saleh, presidente da Câmara dos Deputados eleita no leste.
"Não há dúvidas de que precisamos de ajuda da comunidade internacional, mas rejeitamos qualquer pressão externa. Ninguém pode me pressionar ou mudar minha opinião", acrescentou.