Reuters

16/12/2015 08h49 - Atualizado em 16/12/2015 08h58

Estado Islâmico busca petróleo fora de reduto na Síria, dizem EUA

Segundo autoridade americana, busca ocorre na Líbia e no Sinai.
Estimativa é de que jihadistas vendam US$ 40 milhões mensais de petróleo.

Da Reuters

 

O Estado Islâmico está buscando possíveis ativos de petróleo vulneráveis na Líbia ou outros lugares fora do reduto do grupo militante na Síria, onde controla cerca de 80 por cento dos campos de petróleo e gás, disse uma autoridade dos Estados Unidos na terça-feira.

A autoridade, que falou a repórteres em Washington sob condição de anonimato, disse que os Estados Unidos estão examinando cuidadosamente quem controlava os campos, oleodutos, rotas de caminhões e outras infraestruturas em locais que podem ser vulneráveis a ataques.

Esses locais incluem a Líbia e a Península do Sinai, acrescentou a autoridade.

"Eles estão analisando ativos de petróleo na Líbia e outros lugares. Estaremos preparados", disse.

Os Estados Unidos estimaram que o Estado Islâmico estava vendendo até US$ 40 milhões mensais de petróleo.

Organização
Também nesta quarta, o diretor do serviço de inteligência interno da Alemanha, Hans-Georg Maassen, disse em uma entrevista ao canal Phoenix que o Estado Islâmico "se parece com um Estado".

"Apresentar o EI como uma organização terrorista é minimizar o problema", afirmou.

Para ele, o Estado Islâmico não é comparável a organizações como a Fração do Exército Vermelho, que com sua violência de extrema-esquerda abalou a Alemanha nos anos 70 e 80 do século passado.

"O EI é uma formação que se parece com um Estado e que deseja executar uma guerra contra nós", afirmou.

Ao falar sobre os atentados de 13 de novembro em Paris, com dois autores que passaram pela ilha grega de Leros ao lado de milhares imigrantes, Maassen disse que os jihadistas tentaram "desacreditar uma parte do fluxo de refugiados".

O grupo Estado Islâmico controla amplas regiões na Síria e no Iraque, nas quais proclamou um califado em junho de 2014. O grupo exerce seu poder com uma administração e um sistema judicial próprios.

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