A Austrália vai aceitar mais refugiados de campos na região da Síria e do Iraque e "está aberta" a fornecer mais ajuda financeira, disse neste domingo (6) o primeiro-ministro, Tony Abbott, acrescentando que uma "resposta forte de segurança" é necessária para a região.
imagem de arquivo (Foto: Reprodução/GloboNews)
O governo australiano deve decidir em uma semana se se junta aos ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria, tendo sido parte das operações no Iraque desde o ano passado.
"É importante que haja uma resposta humanitária, mas é importante que haja uma reposta forte de segurança também", disse Abbott à imprensa.
O ministro de Imigração, Peter Dutton, irá a Genebra para se encontrar com o comissário das Nações Unidas para refugiados e perguntar que ajuda adicional a Austrália pode fornecer, segundo Abbott.
"Estamos dispostos a abrigar mais pessoas dessa região em conflito", afirmou ele. "Estamos abertos a dar mais ajuda financeira à UNHCR (agência das Nações Unidas para refugiados)."
Embora mostre disposição em aceitar mais refugiados da Síria e do Iraque, Abbott se recusou a dizer se no geral a acolhida humanitária do país, hoje em 14 mil pessoas, aumentará, ou se as portas se fechariam para outros lugares do mundo.
Neste domingo, o Papa Francisco pediu que toda paróquia e comunidade religiosa na Europa receba ao menos uma família imigrante cada, em um gesto de solidariedade que, segundo ele, começará pelo próprio Vaticano.
O pedido do Papa foi feito no momento em que o número de refugiados que chegam à Europa atinge nível recorde. A população na Praça de São Pedro aplaudiu quando o pontífice, ele mesmo neto de imigrantes italianos que foram para a Argentina, fez o pronunciamento.
"Apelo às paróquias, às comunidades religiosas, aos monastérios e santuários de toda a Europa que recebam uma família de refugiados", disse ele após seu discurso dominical no Vaticano.
Existem mais de 25 mil paróquias somente na Itália, e mais de 12 mil na Alemanha, para onde muitos dos sírios que fogem da guerra civil e pessoas que tentam escapar da pobreza em outros países dizem querer ir.
As duas paróquias do Vaticano receberão uma família de refugiados cada nos próximos dias, disse o Papa.