France Presse

16/06/2015 06h54 - Atualizado em 16/06/2015 06h54

Tribunal egípcio condena Morsi à prisão perpétua por 'espionagem'

Ele foi acusado de espionar a favor do Hamas, do Hezbollah e do Irã.
Mesmo tribunal vai decidir se ratifica pena de morte por outro caso.

Da France Presse

Ex-presidente do Egito Mohamed Morsi acena atrás das grades em um tribunal na periferia do Cairo, neste sábado (16) (Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)Ex-presidente do Egito Mohamed Morsi acena atrás das grades em um tribunal na periferia do Cairo em fotode arquivo (Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)

Um tribunal egípcio condenou nesta terça-feira (16) o presidente islamita destituído Mohamed Morsi à prisão perpétua por "espionagem" a favor do movimento palestino Hamas, do Hezbollah libanês e do Irã.

A corte também confirmou as penas de morte para outros 16 acusados pela entrega de documentos secretos entre 2005 e 2013. O mesmo tribunal decidirá nesta terça se ratifica ou invalida a pena de morte emitida contra Morsi pela fuga em uma prisão e incitação à violência.

Morsi foi condenado no dia 16 de maio, e a decisão definitiva deveria sair no dia 2 de junho. Entretanto, a corte responsável adiou seu pronunciamento para o dia 16 de junho.

A decisão foi encaminhada à época para a máxima autoridade religiosa do Egito, o grão-mufti, para um parecer de cumprimento não obrigatório. O juiz Shaaban el-Shami disse que o tribunal recebeu o parecer do mufti nesta terça de manhã e precisa de tempo para discutir o assunto.

Morsi pode recorrer da sentença. Ele alega que a corte não é legítima, e afirma que os processos judiciais contra ele fazem parte de um golpe do ex-comandante militar e atual presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi.

O ex-líder foi deposto pelos militares em julho de 2013, depois de vários dias de grandes protestos nas ruas do país. O golpe foi liderado pelo então chefe do Exército e atual presidente, Abdul Fatah al Sisi.

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