O governo da Coreia do Norte negou nesta quarta-feira (19) a informação divulgada por um site de exilados de que o dirigente norte-coreano Kim Jong-Un distribuiu entre os líderes do país exemplares do livro "Mein Kampf", do ex-ditador nazista Adolf Hitler.
A agência oficial norte-coreana KCNA chamou a informação de "calúnia" e ameaçou matar "os lixos humanos" que estão por trás da notícia, divulgada pela New Focus International, uma agência de informação de exilados norte-coreanos.
Segundo o site da agência, o ditador norte-coreano distribuiu exemplares de uma tradução do panfleto de Hitler entre os dirigentes do regime no dia de seu aniversário, em janeiro, e pediu que se inspirassem na ideologia do líder nazista.
Pyongyang negou a informação e ameaçou os autores, assim como a Coreia do Sul e os Estados Unidos, acusados de instigar a campanha de difamação, com represálias "implacáveis".
O artigo, baseado em confidências de uma fonte do governo norte-coreano baseado na China que não teve a identidade revelada, foi reproduzido pelos principais jornais sul-coreanos.
"kim Jong-un deu a ordem de estudar atentamente o Terceiro Reich para tirar conclusões práticas, destacando que Hitler conseguiu reconstruir a Alemanha pouco depois da derrota na Primeira Guerra Mundial", disse a fonte citada pela News Focus International.
"Mein Kampf" foi escrito por Adolf Hitler em 1924 na prisão, onde ele cumpria pena por uma tentativa frustrada de golpe de Estado. O livro condensa a ideologia nazista e contém elementos autobiográficos.
A família Kim, a única dinastia comunista do mundo, comanda a Coreia do Norte há seis décadas.
Kim Jong-un, que tem menos de 30 anos, sucedeu o pai Kim Jong-il em dezembro de 2011.