Servidores públicos federais em Belo Horizonte e em outras cidades de Minas Gerais aderiram à greve nacional e suspenderam as atividades, segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social (Sintsprev/MG). Quem buscou atendimento nos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na capital, encontrou funcionários parados na manhã desta terça-feira (7). Procurado pelo G1, o Ministério da Previdência ainda não se pronunciou sobre a paralisação dos servidores.
A equipe de reportagem da TV Globo Minas esteve na agência localizada na Rua dos Tamoios, no Centro de Belo Horizonte, que estava com o plantão fiscal parado. Nas ruas Tupinambás e Espírito Santo, o atendimento era normal no início da manhã. Já na Rua Guaicurus, apenas um funcionário atendia o público e as pessoas que buscavam o serviço eram orientadas sobre a demora. Segundo o sindicado, a unidade do Barreiro estava completamente fechada.
Foram afetados serviços do INSS e da Saúde, conforme informou o Sintsprev/MG. Ainda de acordo com o sindicato, a paralisação é por tempo indeterminado, e pretende pressionar o governo para melhorias salariais e condições de trabalho. “A presidenta diz que existe uma crise e não tem como dar reajuste, mas tem dinheiro pra todo mundo, menos para nós”, relata a diretora do setor jurídico do Sintsprev/MG, Maria Helena da Silva, citando a aprovação da construção de um shopping dentro do Congresso Nacional.
Entre as reivindicações dos servidores, Maria Helena cita o pedido de incorporação das gratificações ao salário, o que melhoraria as condições de aposentadoria. Segundo ela, quando os servidores aposentam, por causa desta separação, perdem mais de 50% do salário. Eles cobram ainda um novo concurso para suprir os cerca de 14 mil servidores que têm aposentadoria prevista para o próximo ano, e plano de carreira.
O sindicato afirma que agências do INSS de Belo Horizonte, Betim, Brasília de Minas, Contagem, Curvelo, Diamantina, Divinópolis, Frutal, Guanhães, Ibirité, Juiz de Fora, Montes Claros, Patos de Minas, Santa Luzia, Teófilo Otoni e Uberaba aderiram ao movimento.
Na área da saúde, os servidores federais participam do ato, mas ainda não há balanço de adesão. O impacto, no entanto, é menor, pois, de acordo com o Sintsprev, funcionários municipais e estaduais não fazem parte do protesto. Contudo, a entidade ressalta que outros sindicatos participam do movimento, e, por isso, a paralisação pode ser maior no estado.
O INSS informou que os agendamentos não serão prejudicados. Aqueles que não forem atendidos por causa da paralisação terão a data de atendimento remarcada. De acordo com o órgão, a própria agência fará o reagendamento. O segurado poderá confirmar a nova data através do telefone 135.
A nota ainda afirma que o Ministério da Previdência Social e o INSS "têm baseado sua relação com os servidores no respeito, no diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária".