Representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) foi, neste sábado (12), à cidade de Mariana, na Região Central de Minas Gerais. A comitiva chegou ao município à tarde e se reuniu com moradores de nove comunidades atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão e com o Ministério Público Federal (MPF).
O encontro foi a portas fechadas, mas Ulrik Hausten, do alto comissariado dos Direitos Humanos da ONU, disse que a preocupação era saber se os direitos humanos estão sendo garantidos pela empresa e pelo governo.
A visita da ONU ao Brasil já estava programada, e Mariana entrou no roteiro por causa da tragédia. Como agenda da comitiva estava cheia, não houve tempo de ir aos locais atingidos.
Durante a reunião, moradores afetados mostraram por meio de fofos, vídeos e depoimentos, a proporção do desastre causado pelo rompimento da barragem da Samarco, cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. Ainda em Mariana, a comitiva da ONU se reuniu com representantes da mineradora. O encontro foi fechado.
Na parte da manhã, em Belo Horizonte, a comitiva da ONU também fez uma reunião e discutiu o rompimento da Barragem de Fundão. Eles queriam saber como está o processo de reconstrução e ajuda às vítimas atingidas pela tragédia.
Neste encontro na capital mineira, os representantes discutiram o auxílio que está sendo oferecido às vítimas e como as famílias podem ter acesso às informações a respeito das ações.
Também ficou definido que o governo do estado vai enviar à ONU um relatório com as medidas adotadas sobre a tragédia.
Na próxima quarta-feira (16) será apresentado em Brasília, um pré-relatório do que foi discutido em Mariana. O relatório completo da visita ao Brasil será divulgado no ano que vem, em Genebra, na Suíça.
Em nota, a Samarco informou que metade das famílias desabrigadas já foram transferidas para casas alugadas pela mineradora. As casas foram equipadas com eletrodomésticos, móveis, utensílios, além de alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal. Disse ainda que, a transferência do restante das famílias segue um cronograma de acordo com as prioridades definidas pelos moradores.