de gestão até 2020 (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)
O novo reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus David, apresentou nesta sexta-feira (8) a equipe de gestão da instituição pelos próximos quatro anos. Todos os nomes são novos, com exceção da pró-reitora de Cultura, Valéria de Faria Cristofaro, que já estava no cargo desde abril de 2015.
Na sala do Conselho Superior (Consu) da UFJF, no Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM), David falou sobre os desafios que pretende enfrentar nos próximos anos sobre corte de verbas, infraestrutura, violência dentro da universidade e alternativas para o campus avançado de Governador Valadares.
A todo o momento, o reitor se referiu ao que chamou de "choque de transparência" para resolver os diversos problemas pelos quais passa a instituição atualmente. O projeto pretende, em duas fases, trazer informações para que a equipe interna e sociedade possam fiscalizar todas as decisões do primeiro escalão.
Cortes de verbas federais
David anunciou uma redução no orçamento feito pelo Ministério da Educação (MEC) para 2016. No capital, que é usado para obras e compra de equipamentos, o corte será de 60%. Já para manutenção de bolsas e pagamento de contas, o corte chega a 20%. A justificativa continua sendo a crise financeira do país, que também atingiu a universidade em 2015.
“O Brasil vive uma situação de contingenciamento que repercutiu no MEC e na UFJF, com cortes expressivos que vão gerar impactos negativos. Existe uma expectativa de recuperação, que depende de negociações do governo junto ao congresso, mas temos expectativa de superação das limitações”, disse.
Segurança no campus
Nos últimos anos, diversas ocorrências de atos violentos tomaram conta da universidade, desde os frequentes assaltos até tentativas de roubos e estupros nas dependências da instituição. Sobre o tema, o reitor disse confiar no Fórum de Segurança, que está já está sendo montado. “O tema da segurança é absolutamente caro e estamos assumindo a universidade sabendo do tamanho desse desafio. Para isso, acreditamos muito na construção desse fórum, dentro do modelo de gestão participativa, envolvendo todos os atores da universidade, gerenciando com toda a preocupação e especificidade que o tema precisa ter”, afirmou.
Além disso, David propôs ações imediatas de combate. “Uma das obras paradas na universidade é a de implantação do sistema de segurança por vigilância eletrônica. Vamos precisar diagnosticar o estado atual do projeto para poder definir as estratégias e conseguir retomá-las o mais rapidamente possível. Além disso, temos que discutir o modelo dos contratos de segurança que temos, da vigilância armada e dos vigias. Ou seja, um redimensionamento desse quadro para oferecer esse processo maior de segurança”, explicou.
Choque de transparência
A ideia desse choque de transparência é criar uma relação de confiança com os interlocutores e deve acontecer com duas medidas – uma urgente e outra perene.
“Uma delas é focar nesse diagnóstico da questão econômica e financeira e sugerir ao Consu que a divulgação seja mais ampla e não fechada a uma sala, para que toda a comunidade saiba. Isto é prioridade, uma medida emergencial. A outra é a criação de um portal de transparência interno, que vai mostrar de forma muito prática e clara coisas que a população precisa entender, como a execução dos nossos orçamentos, contratos, licitações, distribuição de funcionários e professores nas unidades, gratificações por chefia, entre outros dados que é evidente que as pessoas precisam saber”, contou.
Campus avançado de Governador Valadares
O reitor classificou o campus como um importante desafio na gestão e, para mostrar tamanha preocupação, fez duas visitas ao local nas últimas semanas e afirmou que está ciente da gravidade de algumas situações.
“Uma boa notícia é a mobilização forte das forças políticas da região na busca de soluções que já renderam avanços, como identificação de novos imóveis que possam ser cedidos para a universidade para criar melhores condições de estudo. A outra é o compromisso de que o recurso orçamentário que compete à Governador Valadares seja entregue a eles, de maneira integral, para que tenham autonomia de gestão, que foi algo que eles pediram muito”, disse.
Nova equipe de gestão da UFJF
Além de David e da vice-reitora, Girlene Alves da Silva, a nova equipe é composta por oito pró-reitores e cinco diretores. A solenidade de transmissão de cargo de todos eles está marcada para o dia 15 de abril, às 20h, no Cine Theatro Central.
Confira os nomes indicados para as pró-reitorias, diretorias, secretaria-geral e chefia de gabinete da UFJF, na gestão entre 2016 e 2020:
Pró-reitora de Extensão - Ana Lívia de Souza Coimbra
Pró-reitora de Recursos Humanos (Gestão de Pessoas) - Katia Maria Silva de Oliveira e Castro
Pró-reitor de Assistência Estudantil e Educação Inclusiva - Marcos Souza Freitas
Pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças - Eduardo Salomão Condé
Pró-reitor de Infraestrutura e Gestão - Marcos Tanure Sanábio, com a pró-reitora adjunta de Infraestrutura e Gestão - Janezete Aparecida Purgato Marques
Pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa - Mônica Ribeiro de Oliveira, com o pró-reitor adjunto de Pós-Graduação e Pesquisa - Luis Paulo da Silva Barra
Pró-reitora de Graduação - Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, com o pró-reitor adjunto de Graduação - Cassiano Caon Amorin
Pró-reitora de Cultura - Valéria de Faria Cristofaro
Diretor de Inovação - Ignacio José Godinho Delgado
Diretora de Relações Institucionais - Bárbara Inês Ribeiro Simões Daibert
Diretor de Ações Afirmativas - Julvan Moreira de Oliveira
Diretor de Imagem Institucional - Márcio de Oliveira Guerra
Diretora de Avaliação Institucional - Michèle Farage
Secretário geral - Rodrigo de Souza Filho
Chefe de gabinete - Mara de Mendonça Loureiro