Varginha é um dos municípios do Sul de Minas com mais casos de dengue e já considera que enfrenta a maior epidemia da doença na história da cidade. Pra tentar acabar com os focos do Aedes aegypti, a prefeitura intensificou a campanha contra o mosquito, que já chegou até nas salas de aula para crianças. A Secretaria Municipal de Educação fez uma ação diferente nesta sexta-feira (11) para conscientizar os pequenos moradores.
A pequena Lívia, de 3 anos, ainda não sabe o abecedário, mas agora já sabe de cor como afastar o Aedes aegypti. "Jogar o lixo no lixo", conta.
Lívia e os coleguinhas participaram de uma aula divertida nesta sexta-feira, e com arte, aprenderam como manter a saúde em dia. Personagens coloridos e até fantoches foram usados para ensinar a turma o bê-á-bá do combate ao mosquito.
"É uma forma lúdica e divertida de ensinar principalmente às crianças a se prevenirem contra as doenças, a dengue, o vírus da zika e a febre chikungunya", explica a agente de combate a endemias, Claudenice Aparecida Martins.
Epidemia
O Estado de Minas Gerais tem o maior número de casos de dengue de todos os tempos, com mais de 160 mil casos suspeitos da doença. O Estado já registrou 14 mortes por dengue.
No Sul de Minas, nenhuma morte foi registrada até agora. Alfenas lidera o ranking da região, com mais de 2,2 mil casos prováveis de dengue. Em segundo lugar aparece Varginha, com 352 casos suspeitos e 164 já confirmados.
Em terceiro vem Guaranésia, com 308 casos suspeitos, Poços de Caldas em quarto, com 235 casos, e em quinto lugar Três Pontas, com 202 casos suspeitos da doença.
A lição continua
Em outra escola de Varginha, os alunos também receberam aula de reforço, e na horta, plantaram citronela. "Ensina a gente as plantas que devemos plantar pra ajudar a afastar o mosquito da dengue", explica a estudante Yasmim Alves dos Santos, de 10 anos.
E que tal tirar todo o lixo da escola? A patrulha dos alunos recolheu tudo o que pode acumular água, mas essa lição é dever de todos, e eles aprenderam que não precisa estar na escola para ajudar.
"Cada vez que a gente deixa um copo, alguma coisa na rua, já é um meio do mosquito proliferar", finaliza a lição a estudante Victoria Eloisa Garcia Costa, de 13 anos.