01/10/2015 20h35 - Atualizado em 01/10/2015 20h53

Há 124 dias parados, professores da UFMT decidem permanecer em greve

Durante a votação, 46 professores foram contrários ao fim da greve.
Paralisação dos professores completa 124 dias nesta quinta-feira (1º).

Do G1 MT

Greve na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) (Foto: Reprodução/TVCA)Atual greve de docentes já é recordista em tempo
de duração. (Foto: Reprodução/TVCA)

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram em assembleia realizada nesta quinta-feira (1º) manter a greve da categoria, que completou 124 dias, por tempo indeterminado. Dos professores presentes, 46 foram contrários ao fim do movimento e 28 foram favoráveis ao fim da greve. Entre as reivindicações do movimento estão o reajuste de 27% no salário e a reestruturação de carreira.

A assessoria de imprensa da UFMT informou que a reitora, Maria Lúcia Cavalli Neder, mantém aberta-se ao diálogo. A universidade, de acordo com a assessoria, respeita os direitos dos trabalhadores.

Ainda durante a reunião desta quinta-feira, os professores decidiram aguardar o resultado da primeira assembleia de negociação da categoria com o governo, marcada para a próxima segunda-feira (5). O encontro deverá ser conduzido pelo novo Ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmt), Reginaldo Araújo, a falta de negociação por parte do governo federal representa também falta de respeito com a categoria. “Durante todo o período de movimento essa será a primeira vez que seremos recebidos pelo governo para negociações. Essa postura é pouco respeitosa conosco”, reclamou.

Com a greve, cerca de 20 mil alunos e 1.740 docentes estão sem atividades nos campi da UFMT em Sinop, Barra do Garças, Cuiabá e Rondonópolis. O governo federal chegou a oferecer 21% de aumento divididos em quatro anos, mas a proposta foi rejeitada pela categoria.

Iniciada no dia 28 de maio, a greve já é recordista em tempo de duração na instituição. A segunda mais longa aconteceu no ano de 2005, quando os alunos ficaram 112 dias sem aulas.

 

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