de duração. (Foto: Reprodução/TVCA)
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram em assembleia realizada nesta quinta-feira (1º) manter a greve da categoria, que completou 124 dias, por tempo indeterminado. Dos professores presentes, 46 foram contrários ao fim do movimento e 28 foram favoráveis ao fim da greve. Entre as reivindicações do movimento estão o reajuste de 27% no salário e a reestruturação de carreira.
A assessoria de imprensa da UFMT informou que a reitora, Maria Lúcia Cavalli Neder, mantém aberta-se ao diálogo. A universidade, de acordo com a assessoria, respeita os direitos dos trabalhadores.
Ainda durante a reunião desta quinta-feira, os professores decidiram aguardar o resultado da primeira assembleia de negociação da categoria com o governo, marcada para a próxima segunda-feira (5). O encontro deverá ser conduzido pelo novo Ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmt), Reginaldo Araújo, a falta de negociação por parte do governo federal representa também falta de respeito com a categoria. “Durante todo o período de movimento essa será a primeira vez que seremos recebidos pelo governo para negociações. Essa postura é pouco respeitosa conosco”, reclamou.
Com a greve, cerca de 20 mil alunos e 1.740 docentes estão sem atividades nos campi da UFMT em Sinop, Barra do Garças, Cuiabá e Rondonópolis. O governo federal chegou a oferecer 21% de aumento divididos em quatro anos, mas a proposta foi rejeitada pela categoria.
Iniciada no dia 28 de maio, a greve já é recordista em tempo de duração na instituição. A segunda mais longa aconteceu no ano de 2005, quando os alunos ficaram 112 dias sem aulas.