Oferecido por

Por Jornal Nacional


O desabamento da ponte no rio Tocantins já está impactando o transporte da produção agrícola

O desabamento da ponte no rio Tocantins já está impactando o transporte da produção agrícola

Sem a ponte Juscelino Kubitschek, o transporte da produção agrícola da região ficou comprometido.

Por dia, passavam 2,1 mil caminhões pelo posto fiscal em Aguiarnópolis, na divisa entre os dois estados. Com o desabamento da ponte, os motoristas precisam desviar por rotas alternativas que aumentam o percurso em quase 200 km.

"Atrapalhou bastante, porque eu ia para o Estreito, ia para Araguaína, de Araguaína a Estreito, fazia região do Maranhão ali. Agora vou ter que encurtar um pouquinho minha viagem porque eu não vou poder mais passar por lá”, diz o representante comercial Wesley Parreira.

Um trecho, no Tocantins, é uma das principais conexões de Goiás, Mato Grosso, Bahia e do Pará com o Porto de Itaqui, no Maranhão. É por lá que boa parte da safra de grãos é escoada e por onde os insumos agrícolas são recebidos. Por isso, segundo a Secretaria de Agricultura do Tocantins, o impacto no setor é imediato.

"É por aquela rota que passa grande parte dos defensivos e fertilizantes para que a gente possa fazer os cultivos nesse período do plantio. Agora, tendo que buscar rotas alternativas, isso faz com que atrase e encareça o custo desse produto para chegar no seu destino final”, afirma Jaime Café, secretário de Agricultura do Tocantins.

O Rio Tocantins é o referencial de divisa entre o Maranhão e o Tocantins por 120 km. Sem a ponte, filas de caminhões se formam nos portos das balsas.

Sem a ponte Juscelino Kubitschek, o transporte da produção agrícola da região ficou comprometido — Foto: Jornal Nacional

"Precisa ser reconstruída. Mas a gente sabe que uma obra desse porte não se faz de um dia para a noite. Mas o governo federal precisa agir rapidamente, inclusive colocando alguma alternativa ali naquele ponto”, diz Maurício Buffon, presidente Aprosoja Brasil.

Em Imperatriz, maior cidade do interior do Maranhão, a companhia de saneamento do estado suspendeu temporariamente a captação, tratamento e distribuição de água.

Toda água captada até o momento da parada não estava contaminada. E, muito pelo contrário, estava tratada dentro dos parâmetros normativos que regem a legislação. Nós continuamos a cada duas horas fazendo a coleta dessas amostras e fazendo as analises. Ainda não foi detectado nenhuma alteração", diz Júnior Pinheiro, Gestor Regional do Caema.

LEIA TAMBÉM

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!