Edição do dia 07/03/2015

07/03/2015 21h05 - Atualizado em 07/03/2015 21h07

Zavascki autoriza investigação contra 47 políticos e 2 supostos operadores

Trinta e um políticos do Partido Progressista responderão a inquérito.
Veja a lista completa dos políticos que serão investigados pelo STF.

Um único assunto movimentou o sábado (7) no ambiente político de todo o país: a abertura de inquéritos para apurar a eventual participação de parlamentares e de ex-parlamentares no esquema de desvio de recursos da Petrobras.

A lista, divulgada na sexta-feira (6) à noite, inclui 47 políticos, além de dois supostos operadores.

A autorização para o início das investigações foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki que lembrou que abertura de inquérito não representa culpa antecipada.

O ministro Teori Zavascki autorizou a investigação contra 22 deputados federais e 12 senadores. Além de outros 12 ex-deputados, uma ex-governadora e dois supostos operadores do esquema.

O PP, Partido Progressista, é o mais atingido: 31 políticos da legenda responderão a inquérito. São eles:

PP

Senadores:
Ciro Nogueira (PI), 
Benedito de Lira (AL),
E Gladson Cameli (AC) 

Deputados:

Aguinaldo Ribeiro (PB)
Simão Sessim (RJ)
Nelson Meurer (PR)
Eduardo da Fonte (PE)
Luiz Fernando Faria (MG)
Arthur Lira (AL)
Dilceu Sperafico (PR)
Jerônimo Goergen (RS)
Sandes Júnior (GO)
Afonso Hamm (RS)
Missionário José Olímpio (SP)
Lázaro Botelho (TO)
Luis Carlos Heinze (RS)
Renato Molling (RS)
Roberto Balestra (GO)
Roberto Britto (BA)
Waldir Maranhão (MA)
E José Otávio Germano (RS)

Ex-Deputados:
João Pizzolatti (SC)
Pedro Corrêa (PE)
Aline Corrêa (SP)
Roberto Teixeira (PE)
Carlos Magno (RO)
José Linhares (CE)
Pedro Henry (MT)
E Vilson Covatti (RS)

Além do ex-deputado e vice-governador da Bahia João Leão (BA) e do ex-deputado e ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (BA).

O ex-deputado Luiz Argolo (BA), que também está na lista, era do PP, mas agora está no Solidariedade.

Em seguida, vem o PMDB, com sete políticos:

PMDB

Senadores:
Renan Calheiros, presidente do Senado, (AL)
Romero Jucá (RR)
Valdir Raupp (RO)
Ex-Ministro de Minas e Energia Edison Lobão (MA).

Deputados:
Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara
Aníbal Gomes (CE)
Ex-Governadora do Maranhão Roseana Sarney (MA)

A lista também traz Fernando Baiano, não filiado, mas que operava para o partido.

O PT também tem sete nomes entre os investigados:

PT

Senadores:
Humberto Costa (PE)
Ex-Ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PR)
Lindbergh Farias (RJ)

DEPUTADOS
Vander Loubet (MS)
José Mentor (SP)

O ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP)

Além do Tesoureiro do Partido, João Vaccari Neto (SP)

O PSDB tem um político na lista. É o senador Antonio Anastasia (MG)

O PTB, também, um: o senador Fernando Collor (AL)

A maior parte dos investigados pertence ao Partido Progressista. Isso porque os pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot foram baseados nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, indicado pelo PP, e do doleiro Alberto Youssef, operador do partido. Os ex-diretores da Petrobras, Renato Duque, indicado pelo PT, e Nestor Cerveró, ligado ao PMDB, não fizeram delação premiada. Na lista de Janot também há nomes de pessoas que não possuem foro privilegiado, como operadores e ex-deputados.

O procurador-geral da República fez isso porque quer que todos sejam investigados juntos por causa da suspeita de formação de quadrilha. Só depois dessa fase é que o Ministério Público vai decidir, caso a caso, se oferece denúncia contra os políticos ou se pede o arquivamento das investigações.

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