Edição do dia 24/03/2014

24/03/2014 21h53 - Atualizado em 24/03/2014 21h53

Regiões da Grande São Paulo estão em teste de rede inteligente de energia

Barueri, Vargem Grande Paulista e uma comunidade na zona leste já estão tendo alteração no quadro de força para transmir dados para a distribuidora.

Três regiões da Grande São Paulo estão servindo de teste para uma rede inteligente de energia que tem beneficiado os consumidores.

Cena comum dos últimos dias em São Paulo: a árvore caiu e deixou muitos lugares sem luz.

Na sala de controle da distribuidora de energia, agora em três segundos o problema está lá: na tela do computador. Dá para saber tudo: onde, o tamanho da área atingida e se não é um equipamento quebrado. Dali mesmo dá para resolver, e rapidinho.

“Pode voltar a ter luz em um clique se não houver um defeito permanente na rede. Então, as pessoas que aqui trabalham vão poder abrir e fechar chaves que estão distantes, que estão espalhadas na rede”, explica Sidney Simonaggio, vice-presidente da AES Eletropaulo.

A rede inteligente de distribuição de energia já está mudando a rotina de empresas em dois municípios da Região Metropolitana de São Paulo: Barueri e Vargem Grande Paulista.

Um aparelhinho, que é uma espécie de dedo duro digital, é colocado no quadro de força das empresas para fazer a transmissão de dados para a distribuidora. 

Em um laboratório, parar uma ressonância magnética ou uma tomografia no meio agora é coisa rara. “A gente tinha quatro desligamentos por semana e, atualmente, com esse sistema, a gente passou a ter dois desligamentos por mês aproximadamente, e vem em uma tendência de melhora”, declara João de Lucca, diretor de Infraestrutura do laboratório.

Menos imprevistos, menos prejuízo. A rede também está sendo testada para consumidor comum da cidade de São Paulo.

Os medidores inteligentes foram instalados em uma comunidade da zona leste há quase um ano. No começo, o pessoal assustou um pouco, mas agora todo mundo já sabe na ponta da língua os benefícios que o novo sistema trouxe.

Para implantar a rede, os técnicos tiveram que eliminar as ligações que clandestinas.

Antes, com os gatos, as ligações clandestinas, era bem diferente. “Queimavam fusível, aí agora não tem nada disso, agora beleza. A conta está muito boa, está menos”, afirma Nicodemis Lopes, marceneiro.

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