Edição do dia 17/01/2014

17/01/2014 20h43 - Atualizado em 17/01/2014 20h43

Agência de segurança dos EUA grampeou pelo menos 35 aliados

Barack Obama anunciou, nesta sexta-feira (17), mudanças na NSA. Foi uma espécie de satisfação que ele deu ao mundo.

O presidente americano Barack Obama anunciou, nesta sexta-feira (17), mudanças na atuação da Agência Nacional de Segurança. Foi uma espécie de satisfação que ele deu ao mundo - sete meses depois do início das denúncias de abusos no monitoramento de computadores e de ligações telefônicas. Inclusive de líderes estrangeiros aliados dos Estados Unidos.

Em junho do ano passado, o jornal britânico "The Guardian" revelou que a Agência de Segurança Nacional bisbilhotava os telefonemas de milhões de americanos.

Foi o início de uma sucessão de denúncias. A NSA tinha acesso ao servidor central de nove empresas de internet, como Google, Apple, Facebook e Skype, de onde extraia milhões de documentos de internautas.

O ex-prestador de serviços da NSA, Edward Snowden, dizia que queria provocar um debate sobre o certo e o errado. A Casa Branca considerou Snowden um traidor e ele buscou o asilo em Moscou.

Mais denúncias: o Brasil também foi alvo das espionagens americanas, como mostrou o jornal "O Globo" em julho. E, em setembro, o Fantástico revelou com exclusividade que a própria presidente Dilma Rousseff e a Petrobras foram espionadas.

Indignada, a presidente Dilma Rousseff cancelou a visita de estado que faria ao presidente Barack Obama em outubro do ano passado.

Em discurso duro na assembleia geral da ONU, Dilma afirmou que a espionagem fere o direito internacional e a soberania dos países.

A NSA grampeou pelo menos 35 líderes aliados, como a primeira-ministra alemã Angela Merkel, além de embaixadas, escritórios da ONU e até cidadãos comuns da Alemanha e da França. A agência também acessava milhões de mensagens de texto de celulares e 100 mil computadores mesmo não conectados à internet.

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