A justiça mineira ouviu, nesta quinta-feira (21), em Belo Horizonte, duas pessoas no processo do mensalão mineiro, conhecido também como valerioduto tucano, porque envolve Marcos Valério e o PSDB de Minas Gerais. São testemunhas de defesa de Renato Caporali Cordeiro, acusado de peculato.
Há três anos, o processo apura um suposto financiamento irregular na campanha para reeleger, em 1998, o então governador de Minas e atual deputado federal Eduardo Azeredo, do PSDB. A suspeita é que tenham sido usados recursos públicos e doações privadas ilegais. O início do interrogatório dos 13 réus está previsto para janeiro.
Entre eles está o então vice-governador de Minas, Walfrido dos Mares Guia, além de Marcos Valério e do sócio dele Cristiano Paz, hoje presos em Brasília, condenados no processo do mensalão do PT.
O advogado de Walfrido dos Mares Guia pediu a prescrição do crime já que Walfrido completou 70 anos no ano passado.
Em nota, Renato Caporalli Cordeiro disse que não se considera culpado e que o indiciamento teve motivação política porque era filiado ao PSDB.
O deputado Eduardo Azeredo informou que não é réu do processo que corre na Justiça em Minas Gerais, e que nunca houve “mensalão”, ou pagamento regular de parlamentares em troca de apoio político durante o seu governo. O processo contra Eduardo Azeredo corre no Supremo Tribunal Federal porque ele tem foro privilegiado.
O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, não se manifestou. E o advogado de Cristiano Paz não foi localizado.