O Papa Francisco tem um dia livre de compromissos nesta terça-feira (23), depois de uma calorosa recepção na chegada ao Brasil. Ele está hospedado na residência do Sumaré. No começo da manhã, o pontífice publicou na internet uma mensagem de agradecimento pela recepção: “Obrigado! Obrigado! Obrigado a vocês todos e a todas as autoridades pela magnífica acolhida em terra carioca!”.
Na chegada ao Brasil, o Papa desceu do avião sorridente. Ele foi recebido pela presidente Dilma Rousseff e cumprimentou quem lhe estendia a mão. Já na saída da base aérea mostrou que queria ficar bem perto do povo. Em um carro simples, sempre com os vidros abertos, o Papa começou a percorrer as ruas do Rio de Janeiro em direção à Catedral Metropolitana no centro da cidade.
No trajeto, o carro foi cercado pelos fiéis várias vezes e, para desespero dos seguranças, chegou a ficar parado em um congestionamento. Entretanto, o Papa parecia não se importar e aproveitou a parada para abençoar e beijar uma criança levada por uma mulher. A comitiva acabou presa em uma fila de ônibus e os fiéis aproveitaram para chegar perto.
Na Catedral Metropolitana, o pontífice entrou no papamóvel aberto. Foi a primeira vez, desde a década de 80, que um Papa andou pelas ruas em um carro sem blindagem. Mais uma vez, ele distribuiu bênçãos ao povo. No meio do caminho fez um sinal e os seguranças levaram a ele o menino Nicolas.
O Papa Francisco foi de helicóptero para o Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro. Lá foi recebido pelas autoridades, ouviu o hino do Vaticano e do Brasil. A presidente Dilma fez um discurso de boas vindas.
O Papa pediu licença aos brasileiros. “Para ter acesso ao povo brasileiro é preciso ingressar pelo portal de seu imenso coração. Por isso, permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta”.
Ele também pregou humildade. “Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo”.
Sempre em um tom de voz sereno, o Papa Francisco disse que queria enviar aos brasileiros sua benção. Ao dizer que veio ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, foi aplaudido quando lembrou da esperança da Igreja nos jovens, de um jeito bem brasileiro. “Cristo bota fé nos jovens".
O bom humor do Papa continuou. Cumprimentou pacientemente as autoridades que ali estavam, depois apresentou à presidente as autoridades da Igreja Católica. No final da noite, ao chegar a residência do Sumaré, o Papa ainda distribuía simpatia. Mais uma vez, permitiu a proximidade com o povo e cumprimentou funcionários e freiras, além de abençoar mais uma criança.