No Rio de Janeiro, um musical abre a festa para mais um setentão na MPB: Chico Buarque.
Eles se apropriam das músicas de Chico Buarque para contar uma história. No palco, é com uma grande licença poética que as canções são interpretadas. A peça não traz as músicas mais famosas de Chico nem as mais politizadas, traz as que ele compôs para outras artes.
“Canções de teatro, de filmes, ou de filmes musicais, como “Quando O Carnaval Chegar”, “Pra Viver Um Grande Amor”, ou filmes que fez canção tema, por exemplo, hoje eu esta ouvindo a canção "O Que Será", tema do filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos", tudo isso esta no espetáculo, tem "Calabar", tem "Opera Do Malandro", mas nunca na situação original sempre para contar uma outra história”, explica Cláudio Botelho, diretor.
"Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos" é o título, mas o enredo é sobre uma companhia de teatro mambembe.
Chico Buarque deu carta branca para os diretores usarem as músicas que quisessem, da forma que bem entendessem. Esta não é uma peça biográfica, mas uma homenagem ao artista, que abre as comemorações dos 70 anos de Chico.
O músico, escritor, dramaturgo carioca, começou a compor aos 15 anos de idade e sempre teve um jeito assim simples e sóbrio de interpretar. Chico completa 70 anos dia 19 de junho.
No musical, as letras ganham teatralidade. “A gente tem uma liberdade, uma permissão de ser mais teatral, mais dramático”, diz a atriz Soraya Ravenle.