O prefeito do Rio, Eduardo Paes, confirmou o corte de ponto de professores grevistas um dia depois que milhares de pessoas saíram às ruas para pedir melhorias na educação. Ele se reuniu nesta terça-feira (8) com representantes dos conselhos de professores, funcionários e diretores.
Durante as três primeiras horas, a passeata ocorreu de forma pacífica, mas logo depois um grupo de mascarados promoveu quebra-quebra pelas ruas do Centro do Rio. Apesar da destruição, a antropóloga Jacqueline Muniz, pesquisadora do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), considera que houve uma melhora na ação da Polícia Militar.
Segundo ela, os agentes estavam em trajes convencionais, com identificação alfanumérica luminosa, e não portavam armamentos de baixa letalidade provocativos, o que tornou possível o acompanhamento da manifestação e uma ação mais pontual.
“Houve uma mudança substantiva dos procedimentos da ação da Polícia Militar. Uma mudança para melhor no sentido de um uso comedido e qualificado da força proporcional. Os procedimentos policiais devem seguir sendo transparentes, previsíveis, regulares e de conhecimento público. Quando a gente sabe o que esperar da polícia, você reduz a possibilidade de enfrentamento e de confrontos”, avaliou a pesquisadora.
Em nota, a Polícia Militar disse que empregou 750 homens para a manifestação no Centro do Rio. No total, 18 pessoas foram detidas e encaminhadas à delegacia. Um soldado foi ferido com uma pedrada na cabeça e já está bem. A PM informou ainda que nenhum professor ficou ferido durante a manifestação.