Guia de Compras: ar-condicionado portátil — Foto: g1
O verão chegou e, com ele, o calor. Mas nem toda casa ou apartamento permite a instalação de um ar-condicionado convencional – e os modelos portáteis podem fazer toda a diferença.
O g1 selecionou 7 modelos de ar-condicionado portátil que podem ser instalados com mais facilidade em qualquer lugar. Mas ar-condicionado portátil não funciona como ventilador, que basta ligar na tomada.
Esses produtos vêm com um duto para saída do ar quente e um adaptador para colocar na janela de casa.
E isso leva mais tempo para instalar, apesar de ser bem mais prático do que o ar-condicionado tradicional (de parede).
No caso dos condomínios, também vale checar com o zelador e a administração se a rede elétrica do prédio comporta um equipamento desses, que gasta mais energia. Alguns edifícios não permitem nenhum tipo de ar-condicionado.
Também é bom prestar atenção na avaliação de consumo fornecida pela Procel e pelo Inmetro e escolher um aparelho na categoria A, que tem maior eficiência energética.
Os preços dos aparelhos, consultados nas principais lojas on-line no final de dezembro, variavam entre R$ 2.000 e R$ 6.500, dependendo do modelo.
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Veja a lista de aparelhos e, ao final da reportagem, leia as dicas para escolher melhor um ar-condicionado portátil.
Agratto ACP11F — Foto: g1
O modelo da Agratto tem três modos de operação (resfriar, ventilar e desumidificar), três níveis de velocidade e timer para programação de até 24h de uso. O aparelho tem versões com voltagem de 127V e 220V.
O dispositivo conta com capacidade para 11.000 BTUs (unidade de potência que o aparelho atinge por hora para resfriar o ambiente) e o ar-condicionado vem com controle remoto e kit para instalação na janela.
A fabricante não informa o tipo de gás refrigerante utilizado nem a classificação do Procel/Inmetro. No final de dezembro, seu preço nas lojas on-line era de R$ 2.000.
🛒 Onde comprar o produto:
Britânia BAC11000QF3 — Foto: g1
O aparelho da Britânia, com versões em 127V e 220V, vem com quatro modos de operação – resfriar, aquecer, ventilar e desumidificar e tem como destaque o filtro de ar antibacteriano.
A fabricante envia o kit de instalação na caixa do produto, que tem 11.000 BTUs e usa gás R-410A (o mais usado nesse tipo de aparelho), segundo a marca. Traz classificação A de eficiência energética pelo Inmetro.
Custava em torno de R$ 3.200 nas lojas on-line na última quinzena de dezembro.
🛒 Onde comprar o produto:
DeLonghi Pinguino T120EK — Foto: g1
Com 12.000 BTUs, o ar-condicionado portátil da DeLonghi conta com três velocidades de funcionamento e, além de esfriar o ar, também ventila e desumidifica o ambiente.
O modelo vem com adaptador de janela e tubulação para saída do ar quente. Também utiliza o gás refrigerante R-410A e é vendido em versão de 127V.
Saía por R$ 4.300, em média, nas lojas on-line em dezembro.
🛒 Onde comprar o produto:
Elgin Eco Cube — Foto: g1
O ar-condicionado portátil da Elgin conta com um design mais simplificado. Com 9.000 BTUs de potência, o modelo tem duas velocidades e também atua como desumidificador de ambientes.
O produto vem com kit de instalação e, de acordo com a fabricante, usa gás refrigerante ecológico R-410A. Tem versões em 127V e 220V e sua eficiência energética não é informada pelo fabricante.
Seu valor era de R$ 3.200 nas grandes lojas da internet no final de dezembro.
🛒 Onde comprar o produto:
Gree Shiny — Foto: g1
O portátil da Gree esfria, ventila e umidifica o ar com 10.000 BTUs, mas também tem uma versão com 12.000 BTUs. As duas versões do modelo têm 127V de voltagem.
O produto vem com encaixe para instalação na janela, controle remoto e utiliza o gás refrigerante R-410A. A fabricante não informa a classificação de eficiência energética.
Nas lojas on-line, o preço médio da versão de 12.000 BTUs era de R$ 2.300 no fim de dezembro.
🛒 Onde comprar o produto:
LG DUAL Inverter Voice LP1419IVSM — Foto: g1
O modelo da LG entra na lista de produtos para a casa conectada, já que tem wi-fi integrado para responder a comandos de voz usando Google Assistente ou Amazon Alexa.
É o modelo mais "poderoso" desta lista. Tem 14.000 BTUs, opera em três modos (refrigeração, ventilação e desumidificação) e a fabricante diz que o aparelho conta com um modo noturno para maior conforto térmico durante o sono.
Usa gás R32, mais ecológico, e tem voltagem de 127V. A fabricante não informa a classificação de eficiência energética, mas diz que o compressor utilizado é do tipo dual inverter, que ajuda a economizar na conta de luz.
O produto, que vem com kit de instalação na janela, custava em torno de R$ 6.500 nas lojas on-line no final de dezembro.
🛒 Onde comprar o produto:
Philco PAC11000F4 — Foto: g1
O ar-condicionado portátil da Philco é do tipo quatro-em-um: resfria, ventila, desumidifica e purifica o ar.
O modelo, de 11.000 BTUs e 127V, tem filtro e ionizador de ar para combater a proliferação de vírus, mofo e bactérias, além de eliminar odores do ambiente. Também oferece recurso de auto-evaporação da água, que reduz a necessidade de drenagem do equipamento.
O aparelho usa gás R-410A, de acordo com a fabricante. O ar-condicionado portátil era vendido por uma média de R$ 3.200 nas lojas da internet em dezembro.
🛒 Onde comprar o produto:
No que prestar atenção na hora da compra:
PRÁTICO, MAS NEM TANTO: “A vantagem de adotar um ar-condicionado portátil é a facilidade de transporte para qualquer lugar”, explica Eduardo Oliveira, especialista em climatização.
O mesmo aparelho pode ser usado na sala da casa durante o dia e no quarto à noite, por exemplo.
Mas para isso é necessário ter um adaptador de janela. Conectado ao duto de ventilação, ele permite a saída do ar quente gerado pelo ar-condicionado e não deixa esse ar aquecido voltar para dentro.
Adaptador de janela para ar-condicionado portátil — Foto: Reprodução/LG
Além disso, não requer uma instalação profissional, como nos modelos convencionais.
Vale lembrar que os fabricantes fornecem com o ar-condicionado portátil o duto de ventilação para saída do ar quente e um adaptador para esse duto ser conectado à janela.
E que, apesar do nome ser “portátil”, um aparelho desses pesa em média entre 25kg e 30 kg.
Outro fator importante após a instalação é a necessidade de esvaziar o depósito de água acumulada após o uso, despejando o líquido em uma bacia ou balde.
VEJA A POTÊNCIA: BTU é a unidade de medida de potência que um ar-condicionado pode atingir. Quanto mais BTUs por hora, mais refrigeração.
Mas o valor correto depende do tamanho do espaço em que o portátil será utilizado.
Em casa, um quarto de até 9 metros quadrados precisa de um ar-condicionado de 7.000 BTUs. Um de 15 metros quadrados, 9.000 BTUs.
No geral, os modelos costumam ir de 9.000 BTUs a 14.000 BTUs – e quanto maior a potência, mais caro o aparelho.
Os fabricantes e lojas on-line costumam fornecer tabelas e até mesmo calculadoras com os dados para checar quantos BTUs são necessários no ambiente.
Por ficarem no chão – e não próximos ao teto – os aparelhos de ar-condicionado portátil também podem não ter o mesmo desempenho de um ar-condicionado split, por exemplo.
Como o ar frio desce e o ar quente sobe, um modelo instalado próximo ao teto terá um melhor resultado que o portátil que fica no chão, próximo à altura da janela do ambiente.
Mas, segundo Oliveira, na dúvida é bom consultar um profissional especializado antes de comprar.
DECIBÉIS IMPORTAM: o ar-condicionado portátil tem todos os componentes de um modelo de parede em uma peça única. E com isso ele pode ser mais barulhento que um aparelho convencional.
Os fabricantes indicam que seus aparelhos funcionam na faixa entre 44 e 55 decibéis – algo como uma conversação de moderada a alta. Para comparação, um aspirador de pó convencional emite em torno de 70 decibéis.
E O SELO TAMBÉM: Aparelhos com a classificação A feita pelo Inmetro têm melhor eficiência energética e são mais econômicos – o que ajuda a economizar na conta de luz no final do mês.
Nem todos os fabricantes destacam essa informação em seus sites.
FUNÇÕES: No geral, aparelhos portáteis de ar-condicionado refrigeram o ambiente, ventilam (como um climatizador/ventilador convencional) e removem a umidade do local.
Poucos modelos portáteis também oferecem o recurso de esquentar o ar no inverno. E outros também oferecem a função de filtrar o ar do ambiente, removendo poeira, cheiros e bactérias/mofo do local.
Modelos mais novos podem ter conexão wi-fi integrada e ser comandados por assistentes digitais como Google Assistente e Amazon Alexa em uma casa conectada.
OLHA O GÁS: outro item para prestar a atenção é o tipo de gás (ou fluido) refrigerante utilizado no ar-condicionado portátil. A maioria dos fabricantes usa o R410A, oferecido como mais ecológico e que não agride a camada de ozônio – mas pode contribuir para o efeito estufa, de acordo com o especialista Oliveira.
Modelos mais novos já usam o fluido climatizador R32, que não agride a camada de ozônio nem contribui para o efeito estufa.
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