Educação

Por Viviann Barcelos, g1 ES


Rede estadual do Espírito Santo alcançou o primeiro lugar nacional; anos iniciais da educação básica e ensino fundamental também ficaram bem posicionados no índice — Foto: Divulgação/Sedu

O Espírito Santo tem o segundo melhor ensino médio do país e está entre os cinco estados com as melhores notas de aprendizagem nos anos iniciais e finais da educação básica, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023.

Diante dos bons índices alcançados, o governo estadual prevê a abertura de mais 30 escolas de tempo integral no próximo ano, conciliando o ensino convencional e o profissionalizante. Os dados do Ideb foram divulgados pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quarta-feira (14).

O Ideb é o índice que mede a qualidade da educação no Brasil. O indicador é produzido a cada dois anos para os anos iniciais (5º ano) e finais (9º ano) do ensino fundamental e também para o 3º ano do ensino médio.

Os resultados do Ideb 2023 demonstram uma melhora nos indicadores do Espírito Santo em todas as etapas avaliadas.

Segundo o Inep, a comparação com 2021 é inviável devido às consequências no processo de aprendizagem e as condições de realização do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) no período de pandemia do Coronavírus.

Melhora em todas as etapas avaliadas

O índice é calculado a partir da taxa de aprovação das escolas e as médias de desempenho dos alunos em uma avaliação de Matemática e Português, feita através do Saeb.

De acordo com o dados, o estado alcançou 6,3 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), atingindo a meta estabelecida para o primeiro ciclo do Ideb (2007-2021). O estado está na 5ª posição com a melhor aprendizagem do país nesta etapa.

Em 2021, o Espírito Santo tirou nota 6 e ficou na 7ª colocação entre os estados.

Nos anos finais (6º ao 9º), o estado registrou 5,3 pontos, ficando em 5º lugar no ranking nacional. Em 2021, a posição do estado era a 12ª, após ter sido avaliado com nota 5.

Em relação ao ensino médio, quando consideradas apenas as escolas no modelo tradicional, a nota alcançada pelo Espírito Santo é 4,8, envolvendo os níveis de aprendizagem e aprovação. Esse resultado garantiu ao estado a segunda colocação geral, atrás apenas do Paraná (4,9).

No entanto, quando também são analisadas as escolas em que o ensino médio é integrado ao ensino profissionalizante, o Espírito Santo tem a melhor nota do Brasil (4,8), empatando com Goiás. Em 2021, a nota do estado capixaba foi 4,5, a terceira maior do país.

''Temos aportado muitos recursops financeiros, humanos é técnicos nos últimos anos. Em termos financeiros, os investimentos são superior a R$1 bilhão em obras, melhorias na infraestrutura e materiais didátivos, entre outros exemplos. Naturalmente, a gente precisa continuar fazendo esses investimentos e este acompanhamento para que produza resultado, como a gente tem visto", explicou.

Investimento em escolas de tempo integral

O secretário de Estado da Educação, Victor de Angelo explicou que, atualmente, as matrículas das escolas que capacitam os alunos tecnicamente em paralelo com a educação convencional, a exemplo das escolas em tempo integral, representam cerca de 27% da base total de alunos de ensino médio em território capixaba.

Ideb 2023: ensino médio do ES está entre os melhores do país

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"A gente já tem indicadores mostrando como as nossas escolas em tempo integral têm resultados de aprendizagem melhores do que as escolas regulares de tempo parcial. Então, quando consideramos toda a oferta (de ensino médio) na nossa rede, nós temos a melhor nota do Brasil no ensino médio, o que mostra o acerto dessa política", pontuou De Angelo.

Para o próximo ano, de acordo com o governador Renato Casagrande, a meta é que entre 20 e 30 novas escolas em tempo integral sejam criadas no estado, muitas vinculando o ensino médio ao profissionalizante.

Para 2025, governo do Espírito Santo quer aumentar o número de escolas em tempo integral, concioliando ensino médio e profissionalizante — Foto: Divulgação/ Sedu

“Essa é uma política do governo. A gente quer universalizar o acesso à educação em tempo integral e, a cada ano, a gente vai ofertando maior número de escolas com esta possibilidade e atendendo ainda mais estudantes.”, finalizou.

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