Educação

Por Viviann Barcelos, g1 ES


Teatro da Ufes em Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Professores da Universidade Federal do Espírito Santo decidiram encerrar a greve que dura mais de dois meses. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (28) em assembleia geral realizada na Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), que contou com a presença de estudantes da instituição. As aulas devem voltar no dia 8 de julho.

A decisão dos professores de encerrar a greve na Ufes foi tomada cinco dias após o Sindicato Nacional do Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) aceitar a proposta de reajuste enviada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e terminar a paralisação nacional. Na data, os professores da Ufes chegaram a informar que a greve continuaria por tempo indeterminado.

Segundo a Adufes, os estudantes presentes na assembleia apontaram que há alunos que estão longe de seus campi porque são de outras cidades e voltaram para seus municípios e estados de origem no período de greve.

"Por conta disso, os professores se sensibilizaram e decidiram marcar o fim do movimento para 5 de julho, com retorno subsequente, garantindo que haja tempo para que esses estudantes se organizem", informou a associação.

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Histórico

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) inicia greve nesta segunda-feira (15) — Foto: Ricardo Medeiros

Os professores e servidores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) entraram em greve na manhã do dia 15 de abril.

As aulas e todas as atividades presenciais no campus da Ufes de Goiabeiras foram suspensas no primeiro dia de greve. Neste campus, 11.167 estudantes estão matriculados. As atividades do campus de Maruípe também serão suspensas, no turno vespertino. Por lá, são 2.129 alunos matriculados.

No mesmo dia, o Ifes informou que das 23 unidades, duas estavam com as aulas suspensas. Dentre elas o campus de Viana , na Grande Vitória, e o campus Centro-Serrano, que fica em Santa Maria de Jetibá.

A mobilização nacional e tinha reivindicações dirigidas ao Governo Federal para melhorias nas carreiras docente e técnico-administrativa da área de educação.

As principais reivindicações dos servidores eram a reestruturação das carreiras e a recomposição salarial.

Ufes permanece em greve por tempo indeterminado — Foto: Reprodução/TV Gazeta

A reivindicação era para 22,71% de reajuste, dividido em três parcelas iguais em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propõe reajuste zero para este ano, e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026.

No dia 23 de junho os professores das universidades federais decidiram encerrar a greve nacional dos docentes.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o comando nacional da greve decidiu encerrar as paralisações a partir desta quarta-feira (26) — quando a entidade deve assinar um acordo junto ao Ministério da Gestão e Inovação a fim de consolidar os termos da proposta.

A proposta acatada pelos professores das federais prevê reajustes em 2025 e 2026, com percentuais diferentes para cada classe profissional. Mas segundo a presidente, o que foi apresentado não atende as necessidades da instituição.

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